O ex-deputado federal por Gravataí Jones Martins (MDB) foi nomeado presidente da Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul (FPE), órgão responsável pelo acolhimento de crianças e adolescentes vulneráveis e de pessoas com deficiência.
A indicação, feita ainda pelo ex-ministro Eliseu Padilha, falecido em março, teve também a influência do vice-governador Gabriel Souza, do mesmo grupo político do gravataiense no MDB, além do aval do governador Eduardo Leite (PSDB), de quem Jones ganhou admiração ao, como diretor, no primeiro mandato, participar da venda da Sulgás sem questionamentos judiciais ou ruídos políticos – algo raro em se tratando de privatizações; principalmente no Rio Grande do Sul.
No currículo do advogado também estão passagens pelo comando da Secretaria da Saúde, no primeiro governo de Marco Alba, e pelo Ministério da Saúde, como um dos principais assessores do ex-ministro Alberto Beltrame. Em seu mandato parlamentar teve como um dos principais feitos a articulação pela construção do Hospital do Câncer, construído durante o governo Temer ao lado do complexo do Grupo Hospital Conceição, na zona norte de Porto Alegre, mas nunca instalado desde o governo Bolsonaro – o que previ em Jones fará falta em Brasília para Hospital do Câncer não parar.
Jones é o gravataiense que ocupa um dos mais altos cargos no governo Leite, ao lado de Dimas Costa (PSD), cuja indicação reportei em Dimas já é secretário-adjunto de Esportes do RS; Quer ser ‘embaixador de Gravataí’ no governo Leite.
Administrará um quadro funcional com mais de 1.300 profissionais e um orçamento de R$ 160 milhões. Só em Porto Alegre, a Fundação gerencia nove Núcleos de Abrigos Residenciais. As casas têm capacidade média de atendimento para 10 a 12 crianças e adolescentes, entre zero e 18 anos de idade incompletos, de ambos os sexos.
O salário é de R$ 20 mil.
– Não sou candidato a nada. Só a muito trabalho – disse Jones ao Seguinte:.
E atesto, mesmo que políticos rotineiramente neguem candidaturas a mais de um ano da eleição. Político experiente – além de deputado foi vereador por dois mandatos e candidato a prefeito com 51 mil votos em 2008 –, fosse para concorrer à Prefeitura Jones teria indicação para cargos de maior visibilidade pública, inaugurando obras.
O que não significa que não terá influência na eleição de 2024, mesmo que, aí, reputo por estratégia de preservação em meio a rumores de um afastamento entre o prefeito Luiz Zaffalon (MDB) e o ex-prefeito Marco Alba (MDB), negue.
Jones tem entre seus apoiadores um vereador, Clebes Mendes (MDB), e um ex-campeão de votos, Paulinho da Farmácia, parlamentar mais votado em 2016 e não reeleito em 2020.
Ao fim, capacidade técnica e política não faltam ao morador da Paragem Verdes Campos. Acerta o governador.
