O diretor que comandou o chão de fábrica e as transformações ocorridas na unidade da empresa desde que chegou a Gravataí em 8 de maio de 1976, Gilberto Rossi Gil, está de volta ao cargo. Ele reassumiu a administração da Pirelli em Gravataí.
Como tudo dentro da empresa, a volta de Gil se deu sob o mais absoluto "segredo de estado guardado a sete chaves", bem no estilo dos 'capos' italianos, no começo deste mês. E a revelação foi feita de modo involuntário pelo prefeito Marco Alba (MDB), nesta quarta-feira.
Na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes), Alba saudou, como sempre faz – entre outros nomes -, o retorno do diretor da fabricante italiana de pneus como conselheiro do Codes.
Gilberto Gil confirmou depois, para o colunista, que voltou ao cargo no começo do mês, sem revelar o dia exato. Antes disso, desde julho passado Gil já vinha prestando serviços de consultoria para os italianos.
A primeira passagem de Gilberto Gil – que tem formação como engenheiro elétrico – como diretor da unidade da Pirelli no Parque dos Anjos se estendeu por 35 anos, a contar de 1983 e até o ano passado, 2018.
Transição
O engenheiro Gilberto Gil ainda me contou que seu retorno se deu também para comandar o processo de transição que a fábrica de Gravataí vive, com o anúncio de que a produção será encerrada aqui para ser centralizada em Campinas, São Paulo.
Segundo garantiu, o processo de transferência da produção da Pirelli – que deve ser concluído em 2021, para o interior de São Paulo, está mantido.
— Nada muda. Tudo que foi acertado continua valendo — assegurou, referindo-se aos planos para desligamento dos funcionários – cerca de 900 – que incluem desde estabilidade por metas atingidas e indenização especial.
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