As políticas implementadas pelo governo Marco Alba no enfrentamento à crise do coronavírus são amplamente aprovadas pela população de Gravataí, conforme levantamento produzido pelo Seguinte:/Studio Pesquisas. 85,3% dos entrevistados avaliou como necessárias as medidas tomadas pelo prefeito.
A avaliação pessoal de Marco Alba também é acima da média: a nota mais lembrada é 8, e quase 7 a cada 10 pessoas deram nota acima de 7.
– Fico mais tranquilo com os números, porque todas as ações que tomamos foram pautadas pela lógica científica e médica, além da sensibilidade que o gestor deve ter com o que é de interesse coletivo, com o bem de todos – avaliou o prefeito, na tarde da quinta-feira em que Gravataí registra o sexto caso de infecção por COVID-19.
– A maioria significativa que apoia as ações também aumenta a responsabilidade em relação ao momento mais delicado, que ainda está por vir.
A Seguinte:/Studio Pesquisas também mostra as avaliações do gerenciamento da crise pelo governador Eduardo Leite e o presidente Jair Bolsonaro, além da percepção da população frente à pandemia.
Nas próximas reportagens apresentaremos os dados sobre trabalho e renda, efeitos sociais e onde as pessoas buscam informações sobre a pandemia.
A coleta de dados foi feita entre os dias 25 e 30 de março, com 420 moradores de Gravataí. Devido à recomendação do isolamento social, as entrevistas foram pessoais, mas realizadas por telefone.
Após o levantamento, foi procedida uma ponderação de variáveis demográficas para ajustar as proporções da amostra aos parâmetros populacionais.
Os resultados da pesquisa apresentam uma margem de erro de no máximo 4,7% para mais ou para menos, num intervalo de confiança de 95%. Eventuais diferenças na totalização das tabelas decorrem de arredondamentos ou da supressão de não-respostas em tabelas de referência cruzada.
Siga índices e análises e, se quiser ampliar ou copiar as tabelas, clique em cima de cada uma.
A PERCEPÇÃO DA PANDEMIA
As medidas da Prefeitura
Mais de 8 a cada 10 entrevistados apoiam as medidas tomadas pela Prefeitura de Gravataí na crise no coronavírus.
Sacrifício econômico por vidas
A pesquisa mostra que 7 a cada 10 entrevistados entendem que vale correr o risco da economia parar e o desemprego crescer para salvar vidas.
Distanciamento social
Quase 8 a cada 10 pessoas concordam com o isolamento social como estratégia para enfrentar a pandemia do coronavírus.
O discurso de Bolsonaro
Quase 7 a cada 10 entrevistados avaliam que o presidente da República Jair Bolsonaro errou ao minimizar o perigo da COVID-19.
O medo do contágio
Os extremos de muito ou pouco medo se equivalem entre os entrevistados, mas quase metade admite "um pouco de medo" de ser infectado pela COVID-19.
A AVALIAÇÃO PESSOAL DOS GOVERNANTES
Quase 70% dão acima de 7 para Marco Alba
A nota mais citada para avaliar o desempenho do prefeito na crise do coronavírus foi 8. Quase 7 a cada 10 entrevistados deram nota acima de 7 para Marco Alba.
Prefeito amplamente aprovado
Mais de 7 a cada 10 entrevistados aprovam o 'jeito Marco Alba' de governar.
Leite tem boa avaliação
Mais da metade dos entrevistados avalia positivamente a atuação do governador Eduardo Leite no enfrentamento ao coronavírus.
Bolsonaro reprovado
Mais entrevistados desaprovam, do que aprovam o desempenho do presidente Jair Bolsonaro durante a crise do coronavírus.
AS PESQUISAS EXPLICADAS
A seguir, Roberto Garcia, analista de opinião pública da Studio Pesquisa e pós-graduado em Sociologia e Ciência Política pela Ufrgs, detalha os resultados das tabelas acima a partir do cruzamento de dados como sexo, faixa etária, nível de escolaridade, condição de atividade, tipo de ocupação, região de moradia, renda familiar média, cor ou raça e religião.
As medidas da Prefeitura
Na análise das medidas da Prefeitura por SEXO, FAIXA ETÁRIA e NÍVEL DE ESCOLARIDADE, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, avalia que a esmagadora maioria de homens e mulheres consideram o fechamento do comércio uma medida necessária.
O apoio ao fechamento destas atividades é ainda maior entre os jovens e nos estratos supgriores de escolaridade.
Na análise das medidas da Prefeitura por CONDIÇÃO DE ATIVIDADE, TIPO DE OCUPAÇÃO e REGIÃO DE MORADIA, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, avalia que, "como era esperado, o fechamento do cmmércio tem menos apoio entre empresários, profissionais liberais e autônomos".
Mesmo neste segmento, contudo, a medida é apoiada por 70,6% dos entrevistados.
Na análise das medidas da Prefeitura por RENDA FAMILIAR MÉDIA, COR OU RAÇA e RELIGIÃO, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, atesta: o apoio ao fechamento do comércio é amplamente apoiado em todas as faixas de renda, todas as cores, e todos os credos.
Distanciamento social
Na análise do isolamento social por SEXO, FAIXA ETÁRIA e NÍVEL DE ESCOLARIDADE, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, explica que tanto o mapa da análise de correspondência quanto a tabela de referência cruzada evidenciam o imenso apoio popular à medida do isolamento social para o combate à propagação da epidemia do coronavírus.
– A posição favorável ao isolamento junto à intersecção dos eixos, para onde confluem o conjunto das
faixas etárias e níveis de escolaridade denota isto. Uma ligeira variação na intensidade do apoio ao isolamento é percebida em função do gênero, com um apoio maior entre as mulheres do que entre
os homens.
Os jovens em posição diametralmente oposta à negativa ao isolamento é a expressão gráfica do fato de que nenhum entrevistado nesta faixa etária manifestou-se contrariamente ao isolamento.
Em resumo: as mulheres e os jovens são os maiores apoiadores do isolamento social para enfrentar a COVID-19.
Na análise do isolamento social por CONDIÇÃO DE ATIVIDADE, TIPO DE OCUPAÇÃO e REGIÃO DE MORADIA, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, mais uma vez considera natural a medida do isolamento ter menos apoio entre empresários, profissionais liberais e autônomos. Mesmo neste segmento, contudo, a medida é apoiada por mais de 60% dos entrevistados.
Garcia observa que a rejeição à medida não é frontal, o que é evidenciado pela forte associação entre
este segmento e a posição intermediária (entre o sim e o não) em termos (no 'gráfico das bolinhas').
Na análise do isolamento social por RENDA FAMILIAR MENSAL MÉDIA, COR OU RAÇA e RELIGIÃO, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, aponta que o apoio ao isolamento não varia significativamente em função da renda familiar.
Embora amplamente favoráveis à medida, com apoio superior a 70 pontos, os pretos e os espíritas tem mais resistência ao isolamento. De forma aparentemente contraditória, a pesquisa revela um vínculo forte entre os adeptos de religiões afrobrasileiras e o apoio ao isolamento. Ocorre que parte
significativa dos pretos são ateus, agnósticos, ou professam outras religiões que não as afrobrasileiras.
Da mesma forma, brancos e pardos também se vinculam a diferentes religiões afrobrasileiras.
O discurso de Bolsonaro
Na análise sobre o discurso de Bolsonaro frente à pandemia por SEXO, FAIXA ETÁRIA e NÍVEL DE ESCOLARIDADE, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, avalia que, embora mantenha um apoio que varia entre 23% (aqui) e 30% (os que consideram seu desempenho bom ou ótimo), fica evidente que Jair Bolsonaro isolou-se, ao perder proximidade com a terça parte intermediária da opinião pública brasileira, aqueles que muitos analistas denominam de centro político.
– O que percebemos aqui é que para cada cidadão gravataiense que considera correto o posicionamento de Bolsonaro ao minimizar o risco da infecção pelo coronavírus, existem três que condenam o presidente.
Esta posição é mais nítida entre as mulheres, entre os jovens e entre aqueles que estão no Ensino Médio ou que concluiram este nível e não continuaram os estudos.
– Há claramente um 'bolsão de resistência' bolsonariano entre aqueles que estão na universidade ou que concluiram o nível superior.
Na análise sobre o discurso de Bolsonaro frente à pandemia por CONDIÇÃO DE ATIVIDADE, TIPO DE OCUPAÇÃO e REGIÃO DE MORADIA, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, observa que o julgamento acerca da posição do presidente Jair Bolsonaro não varia de forma estatisticamente significativa em função destas variáveis, embora perceba-se uma diferença nítida no posicionamento de empresários, autônomos e profissionais liberais.
– Como o número de entrevistas com este segmento da população é muito menor, o nosso desenho
amostral não permite assegurar que esta variação se manteria na mesma proporção em outros levantamentos semelhantes.
Na análise sobre o discurso de Bolsonaro frente à pandemia por RENDA FAMILIAR MENSAL MÉDIA, COR OU RAÇA e RELIGIÃO, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, mostra que os entrevistados que se consideram pretos e os ligados a religiões afrobrasileiras são os segmentos nos quais a oposição ao posicionamento de Bolsonaro é mais intensa.
No sentido contrário, os protestantes e os pentecostais são aqueles que oferecem mais apoio ao presidente.
O medo do contágio
Na análise sobre o medo do contágio por SEXO, FAIXA ETÁRIA e NÍVEL DE ESCOLARIDADE, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, constata que o medo declarado do contágio é maior entre as mulheres e entre os jovens.
– Este resultado não deixa de ser surpreendente, uma vez que tem sido amplamente noticiado que a letalidade do vírus é muito maior entre os velhos.
Homens com mais de 60 anos que não completaram o ensino fundamental configuram o tipo ideal que não tem medo nenhum do contágio.
Na análise sobre o medo do contágio por CONDIÇÃO DE ATIVIDADE, TIPO DE OCUPAÇÃO e REGIÃO DE MORADIA, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, explica que o medo do contágio é maior entre os moradores do interior, e daqueles em torno da RS-020, a partir do entroncamento com a RS-118 em direção a Morungava.
– Também é mais sentido pelos entrevistados com trabalho formal, que provavelmente correm mais riscos por estarem mais expostos nos seus locais de trabalho.
Na análise sobre o medo do contágio por RENDA FAMILIAR MÉDIA, COR OU RAÇA e RELIGIÃO, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, indica que, "compreensivelmente, o medo do contágio é muito maior entre os indígenas".
– O trauma da conquista acentua sobremaneira a sensibilidade ao drama.
O medo também está associado ao catolicismo praticante, a renda familiar elevada, e a população que se considera parda.
– Talvez a incidência do vírus na Itália, sede do Papado, explique o medo mais acentuado dos católicos praticantes.
Garcia observa que "a trajetória do vírus, que chegou ao Brasil por segmentos sociais mais afluentes, que viajaram para a China, para a Itália e para os EUA, talvez explique o medo ser maior nos segmentos de renda mais alta".
– Por outro lado, a constatação de que os protestantes e os pentecostais tem menos medo, talvez esteja relacionada ao crescente ativismo político de líderes evangélicos ligados ao bolsonarismo.
A AVALIAÇÃO PESSOAL DOS GOVERNANTES
A avaliação de Marco Alba
Na análise sobre a avaliação de Marco Alba por SEXO, FAIXA ETÁRIA e NÍVEL DE ESCOLARIDADE, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, avalia que as variações da avaliação do desempenho do prefeito não se revelaram estatisticamente relevantes.
As avaliações mais positivas foram obtidas nos estratos mais elevados de escolaridade e no segmento com idade entre 35 e 44 anos de idade. Na outra ponta da escala, a reprovação mais elevada não chegou a doze pontos percentuais.
Na análise sobre a avaliação de Marco Alba por CONDIÇÃO DE ATIVIDADE, TIPO DE OCUPAÇÃO e REGIÃO DE MORADIA, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, explica que as variações da avaliação do desempenho do prefeito segundo a condição de atividade e o tipo de ocupação dos entrevistados não se revelaram estatisticamente
relevantes.
O mesmo não ocorre em relação à região de moradia. Segundo este critério, a aprovação de Marco Alba se distribui homogeneamente, mas podemos identificar dois 'bolsões de resistência', regiões onde o seu desempenho obtém taxas de reprovação mais elevadas, significativamente acima da média da amostra: Morada do Vale e arredores, e na região em torno da RS-020, a partir do entroncamento com a RS-118, em direção ao interior do município.
Já na região em torno da RS-030, o prefeito tem o mais baixo índice de reprovação, com apenas 1,2% de conceitos ruim ou péssimo.
Na análise sobre a avaliação de Marco Alba por RENDA FAMILIAR MÉDIA, COR OU RAÇA e RELIGIÃO, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, observa que o desempenho do prefeito não apresenta variações estatisticamente significativas segundo a renda familiar dos entrevistados, embora a sua aprovação entre os que tem renda familiar mais elevada seja
bastante expressiva.
Com relação à cor, há uma rejeição acima da média amostral entre os moradores que se declaram pardos.
A avaliação de Eduardo Leite
Na análise sobre a avaliação de Eduardo Leite por SEXO, FAIXA ETÁRIA e NÍVEL DE ESCOLARIDADE, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, observa que as variações da avaliação do governador não se revelaram estatisticamente relevantes.
A variação mais expressiva se verificou no segmento com idade entre 16 e 24 anos de idade. Entre estes jovens, a aprovação de Eduardo Leite é mais baixa (34,4%).
Na análise sobre a avaliação de Eduardo Leite por CONDIÇÃO DE ATIVIDADE, TIPO DE OCUPAÇÃO e REGIÃO DE MORADIA, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, as variações não se revelaram estatisticamente relevantes.
As variações mais expressivas verificaram-se entre as donas de casa (aprovação de 66,3%), e entre os autônomos, profissionais liberais e empresários, onde a reprovação de Eduardo Leite chegou a
praticamente 20 pontos.
Na análise sobre a avaliação de Eduardo Leite por RENDA FAMILIAR MÉDIA, COR OU RAÇA e RELIGIÃO, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, indica que não há variações estatisticamente significativas segundo a cor dos entrevistados.
Com relação à renda familiar, contudo, há uma simpatia maior pelo governador no segmento de mais
alta renda.
De outra sorte, os entrevistados de religiões afrobrasileiras lhe conferem o mais alto índice de reprovação, que chega a 33%.iar mais elevada seja bastante expressiva.
A avaliação de Jair Bolsonaro
Na análise sobre a avaliação de Jair Bolsonaro por SEXO, FAIXA ETÁRIA e NÍVEL DE ESCOLARIDADE, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, aponta que não apresenta variações há estatisticamente significativas.
A única variação digna de nota está relacionada à faixa etária. Segundo este critério, a pesquisa mostra uma forte associação negativa da aprovação de Bolsonaro na faixa etária entre 16 e 24 anos de idade. Neste estrato, a aprovação do presidente, que é de 29,4% no conjunto da amostra, cai para menos de dez pontos, e a reprovação, que na média é de 35,3%, vai a quase cinquenta e cinco pontos.
Na análise sobre a avaliação de Jair Bolsonaro por CONDIÇÃO DE ATIVIDADE, TIPO DE OCUPAÇÃO e REGIÃO DE MORADIA, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, mostra que não apresenta variações estatisticamente significativas segundo a condição de atividade dos entrevistados e se distribui homogeneamente segundo o tipo de ocupação e a região de
moradia.
A aprovação mais elevada registra-se entre os autônomos, profissionais liberais e empresários, segmento no qual atinge mais de 45%. Por outro lado, a maior reprovação foi registrada entre os moradores da região da Morada do Vale e arredores (42,8%).
Na análise sobre a avaliação de Jair Bolsonaro por RENDA FAMILIAR MÉDIA, COR OU RAÇA e RELIGIÃO, Roberto Garcia, o analista de opinião pública da Studio Pesquisas, aponta que não
apresenta variações estatisticamente significativas segundo a renda familiar dos entrevistados.
Com relação à cor dos entrevistados, contudo, a avaliação do presidente apresenta variações estatisticamente relevantes. Entre os que se consideram pretos, a aprovação de Bolsonaro é de apenas 6,2%, e entre os que se consideram indígenas, a reprovação chega a mais de 57%.
Também segundo a religião as variações da avaliação são acentuadas. Os protestantes são os que oferecem a aprovação mais elevada ao presidente (56,1%). Entre os que não são religiosos, o que se
destaca é a reprovação, que é de 47%, e os entrevistados que declaram professar religiões afrobrasileiras, a reprovação a Jair Bolsonaro é ainda mais elevada, chegando a mais de 62%.
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