Em 31 de agosto, o Senado votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Depois de longos cinco dias de debates, 61 dos 81 senadores, muito mais que a maioria de dois terços necessárias para remover um presidente, a condenaram por crimes orçamentários e fiscais.
Os apoiadores da presidente afirmam que ela foi vítima de um "golpe parlamentar". Uma pessoa eleita com 54 milhões de votos, inocente de qualquer crime, fora injustamente derrubada. Na América Latina, essa afirmação foi ecoada por exemplos de democracia e do estado de direito como Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador.
Desnecessário dizer que isso não é verdade. Os fatos, como sempre, falam por si. O processo de impeachment foi jurídico e político. O procedimento estabelecido pela Constituição foi seguido à la lettre. Tanto a Câmara como o Senado votaram de forma decisiva para primeiro julgá-la e depois condená-la. O julgamento no Senado foi conduzido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Em mais de uma ocasião, a mais alta corte do País reafirmou a legitimidade do processo.
O Seguinte: recomenda a leitura na íntegra do artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, publicado pelo Huffpost Brasil clicando aqui.