Aparentemente, valeu o susto.
Levantamento feito pelo Seguinte: hoje junto ao Ministério Público de Contas (MPC) mostra que os vereadores gastaram R$ 155.092,04 a menos em 2016 do que em relação ao ano anterior, ficando fora do ranking das 10 mais do CâmaraTur gaúchos.
Mesmo assim, a Câmara de Gravataí segue a campeã de gastos do Rio Grande do Sul na legislatura que começou em 2013 e encerrou em 2016.
O dinheiro só parou de voar depois que o legislativo da aldeia virou notícia nacional por gastar mais que o de São Paulo. Em setembro, a RBS divulgou a bomba pré-eleitoral: o gasto com diárias depositadas nas contas dos 16 vereadores e um suplente, além de funcionários concursados e CCs tinha chegado a R$ 715.578,98 entre janeiro de 2013 e junho de 2016.
Uma investigação do Seguinte:, divulgada com exclusividade em janeiro de 2017, mostrou que, até o encerramento do mandato, em dezembro, o valor subiu para R$ 942.667,88 somando os gastos com passagens, deslocamentos e combustíveis.
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A análise parece lógica.
O medo de véspera de eleição, somado à vergonha de ganhar horário nobre e foto no diário gaúcho mais popular, além do recado das urnas que fez a ‘bancada das diárias’ perder 8 mil votos e, consequentemente, mandatos, suspenderam as viagens.
O gasto caiu de R$ 254.184,62 no auge do CâmaraTur em 2015, para R$ 99.092,58 em 2016.
Em 2013 e 2014, as viagens já tinham custado R$ 166.382,76 e R$ 207.412,70, respectivamente.
Na nova legislatura que começou em 2017, apenas um vereador viajou: Roberto Andrade. Foi a Brasília, mas abriu mão das diárias.
O voto de cada um dos novos vereadores será testado nos próximos dias, quando entra em plenário projeto proibindo diárias para cursos e congressos país afora.
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GASTO COM DIÁRIAS
2013 – R$ 166.382,76
2014 – R$ 207.412,70
2015 – R$ 254.184,62
2016 – R$ 99.092,58
2017 – até agora, zero
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