Não bastam os R$ 400 milhões já usados por 14 anos na duplicação de 21 Km da ERS-118 entre Gravataí e Sapucaia do Sul. O governador Eduardo Leite (PSDB) autorizou nesta segunda-feira mais R$ 17,67 milhões para iniciar a pavimentação entre Viamão e Porto Alegre.
O meio bilhão em dinheiro público deixará a rodovia estadual concluída até 2022 para entregar para exploração privada com pedágios, como já tratei em uma série de artigos como Gravataí dos 3 pedágios: Leite confirma cobrança na 118 e 020 em Gravataí; Não era ’fake news’.
A pavimentação de 14,5 Km entre Viamão e o Lami é parte do programa Avançar, o Plano de Obras de R$ 1,3 bilhão apresentado pelo governador como “um dos maiores investimentos da história do Rio Grande do Sul na área”.
Não por menos integrantes do movimento anti-pedágio de toda região receberam Leite com faixas de protesto no Centro de Viamão.
A polêmica está oficialmente na cancela.
Leite propôs a instalação de pedágios na ERS-118 em Gravataí (Km 22,6) e na ERS-020 (Km 22,9), inclusas no plano de concessão de mais de mil quilômetros de rodovias estaduais por 30 anos, com previsão de aporte de R$ 10,6 bilhões, R$ 3,9 bilhões nos primeiros cinco anos.
Gravataí terá pedágio no Passo das Pedras, na 118, duplicada após 20 anos e R$ 400 milhões em dinheiro público, e no distrito de Morungava, na 020, ambas com tarifas entre R$ 5,88 e R$ 7,84 previstas no leilão.
De acordo com o plano não haverá mais isenção para moradores. A proposta é de desconto para usuários frequentes. Veículos leves e que utilizem TAG para pagar o pedágio terão redução de 5% no valor da tarifa.
Outra modalidade será o desconto progressivo escalonado conforme o número de viagens realizadas dentro do mês, também via TAG no veículo: de 4 a 7 viagens – desconto de 10%; de 8 a 11 viagens – desconto de 12,5%; de 12 a 15 viagens – desconto de 15%; de 16 a 19 viagens – desconto de 17,5% e 20 viagens ou mais – desconto de 20%.
Ao fim, reputo necessário più parole do governador para convencer de que não é um escândalo, privataria, entregar para uma empresa privada explorar uma rodovia cuja duplicação foi entregue em dezembro, após 20 aos de R$ 400 milhões em dinheiro público.
Atropela-me o slogan: Brasil, o país do faturo!
Que assim não seja.
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