O governo Luiz Zaffalon terá candidato à Prefeitura de Gravataí em 2024. Salvo engano, é o que fica da entrevista ‘Zaffinha Paz e Amor’, concedida pelo prefeito ao comunicador amigo Chico Pereira, nesta quinta-feira.
Zaffa reafirmou a intenção de ser candidato à reeleição, mas – perguntado sobre declarações do vice-prefeito Dr. Levi Melo não aceitar ser vice do ex-prefeito Marco Alba (MDB) – também confirmou que, caso não ocorra a reedição da chapa, o médico deve concorrer a prefeito.
Zaffa está sem partido, após sair terça-feira da semana passada do MDB, o que reportei em Declarada III Guerra Política de Gravataí: Zaffa vai sair do MDB para enfrentar Marco Alba; Bem-vindo à política, prefeito!, assim como Levi saiu do Republicanos, ainda em 2022.
Reputo foi a entrevista ‘Zaffinha Paz e Amor’ porque o prefeito procurou não alimentar uma briga pessoal com seu ‘Grande Eleitor’ de 2020 e descartou demissões de CCs ligados ao ex-prefeito, que, conforme relatou ter ouvido do presidente do MDB, Alan Vieira, e do presidente da Câmara Alison Silva, é candidato à Prefeitura no ano que vem.
– O Marco tem tanto direito de ser candidato quanto eu. Sai do partido para ter essa possibilidade – disse, acrescentando respeitar o, até então, parceiro político por quase quatro décadas.
Sobre o partido para onde vai, Zaffa disse apenas que será de “centro-direita”. Foi o único momento em que pontuo diferenças com Marco Alba, ao chama-lo de “camaleão”, por, conforme ele, transmutar-se em centro, direita e esquerda.
O prefeito usou o exemplo da privatização da Corsan.
– O Marco e a Patrícia são contra. É uma pauta da CUT, da esquerda. Sou a favor – comparou, referindo-se também à deputada estadual e ex-primeira-dama Patrícia Alba, e possivelmente indicando que pode tentar representar o ‘bolsonarismo’, que fez 6 a cada 10 votos na aldeia, o que pode o afastar do PSDB do governador Eduardo Leite, partido que o convidou, como reportei em PSDB convida Zaffa e Dr. Levi e é primeiro partido a manifestar apoio à reeleição do prefeito; A III Guerra Política de Gravataí e os dois senhores.
Ao fim, é a III Guerra Política de Gravataí, pós Abílio x Oliveiras, Bordignon x Stasinski, porque irreconciliáveis restam Zaffa e Marco, principalmente após a nota do MDB, que reportei em Bomba em Gravataí! Nota do MDB é um aceite da guerra entre Zaffa e Marco Alba e III Guerra Política de Gravataí: o que diz Zaffa sobre a nota do MDB e sua desfiliação.
Mas, inegável é que Marco, em seu silêncio, e, agora, ‘Zaffinha Paz e Amor’, que não gostam da definição “III Guerra”, mostram preocupação em, perante a sociedade, os ‘civis’, não reduzir os 11 anos de um projeto de governo, que mantém nas gestões dos dois 90% de aprovação conforme pesquisas encomendadas pela Prefeitura, a uma disputa política – e pessoal; tratei disso em Ao demitir Paulão, Zaffa afirma autoridade de prefeito, mas dá um tiro no coração do MDB de Gravataí; Mas, calma: sem Putins, a guerra resta adiada.
Fato é que a entrevista deve permitir que CCs durmam melhor, após uma semana que valeu por uma década, como dizia Lênin.
A situação já me lembrava uma do Millôr: “Nos momentos mais difíceis da vida, quando você sente que nada mais tem sentido, que você, individualmente, está afundando, não há mais a mínima possibilidade de saída ou salvação, é aí que você deve apelar pra todas as suas forças, erguer a cabeça orgulhosamente e gritar bem alto com sua voz mais possante e segura, pra que o mundo inteiro o escute: socooooooorrrrrrooo!”
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