A confirmação de que o governo Luiz Zaffalon (MDB) vai apresentar novo subsídio ao transporte coletivo foi dada pelo secretário da Fazenda, Davi Severgnini, no Fórum do Orçamento, na tarde desta quinta-feira.
Em 2021 já foram aprovados pelos vereadores R$ 5 milhões: R$ 3 mi em indenização por perdas da Sogil na pandemia e outros R$ 2 mi em antecipação de receita com a compra de passagens, polêmica que tratei em artigos como Gravataí e Cachoeirinha: estudo mostra ser irreversível subsídio como para Sogil e Transbus e links relacionados.
– Os municípios estão sendo obrigados a subsidiar. O sistema entrou em colapso – disse Davi, ao responder a pergunta do vereador Paulo Silveira (PSB), integrante da base do governo e defensor, como eu, do debate sobre a ‘tarifa zero’, o que já tratei em artigos como Do bilhete de graça para pobres da Gravataí de hoje ao fim das gratuidades e à tarifa zero bancada pelo IPTU amanhã; O sincericídio e o caça-cliques.
Não há definição ainda sobre o subsídio, mas a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022, apresentada pelo secretário no Fórum do Orçamento, tem uma previsão de orçamento toral de R$ 8 milhões para a área do transporte em 2022.
Davi informou que o secretário de Mobilidade Adão Castro apresentou nesta semana ao grupo técnico que analisa o novo subsídio dados que mostram que a queda de passageiros já é anterior à pandemia.
– Em 2019 o número de passageiros pagantes era 30% menos que em 2013. É o efeito dos apps como Uber e do transporte coletivo. Enquanto cai o número de passageiros, o custeio do sistema segue aumentando – comparou.
O secretário usou exemplo de Araucária, a 14km de Curitiba e com metade da população de Gravataí, que tem três concessionárias e injetou R$ 35 milhões no transporte coletivo em 2021 para garantir uma passagem de R$ 1,90.
– Parece-me obvio entender, independentemente de paixões particulares dos gravataienses, seja qual for a concessionária. O governo estuda nova modelagem. Mas o transporte coletivo é, conforme a lei da mobilidade, um direito básico. É como o SUS. É preciso ser garantido ao usuário. Se baixar a passagem, ou não repassar custo, beneficia empregador e empregado. 60% da nossa bilhetagem é comprada pelo empregador. É um preço que será cobrado no Orçamento (Municipal) – disse o secretário que hoje é o mais próximo do prefeito, ao lado de Mauro Bosle, da Administração.
Outros números da explanação de Davi nesta quinta, que projeta R$ 72 milhões em investimento no ano que vem, já antecipei em LDO 2022: ’É melhor momento para Gravataí’; O otimismo de Zaffa em números – e reposição aos servidores mas trato no próximo artigo.
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Ao fim, logo estaciona no legislativo a ‘pauta-bomba’ do subsídio. É ‘3,2,1…’ para oposição criticar Zaffa por “dar mais dinheiro para a Sogil”. Com certeza, sem as restrições da pandemia e com alentaço no Grande Tribunal das Redes Sociais, a Câmara vai virar uma Bombonera na votação.
Reputo é um debate inevitável. É muito pedir responsabilidade e alternativas de favoráveis ou contrários, tirando os mágicos e demagogos da sala?
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