mobilidade urbana

Gravataí dos mais de mil quebra-molas; o que fazer

Funcionários do setor de Engenharia de Tráfego da secretaria de Mobilidade Urbana estão mapeando todos os quebra-molas existentes nas ruas de Gravataí

A cidade de Gravataí está sendo pioneira, em todo o Rio Grande do Sul, ao adotar procedimento para fazer a regularização de todos os quebra-molas espalhados pela zona urbana. Duas estagiárias, um engenheiro e um arquiteto com especialização em engenharia de tráfego estão percorrendo todas as ruas, fazendo um levantamento minucioso sobre a situação em que se encontra cada um desses obstáculos.

De acordo com o que contou há pouco para o Seguinte: o secretário de Mobilidade Urbana, Alison Silva, Gravataí tem bem mais de 1 mil quebra-molas, ou lombadas. Um estudo feito ainda em 2010 apontava para a existência de 1.100, só que a partir de 2011 vários foram retirados e nenhum novo foi instalado. O número exato só vai ser conhecido dentro de aproximadamente seis meses.

— A gente não sabe quem fez esse levantamento e nem qual a confiabilidade do trabalho, mas a estimativa é de que tenhamos bem mais que 1 mil quebra-molas em Gravataí — disse o secretário.

 

Seis meses

 

Alison também falou que do total dos obstáculos, até 30% pode estar irregular diante do que preconiza a Resolução 600 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 2016, que estabelece regras para instalação destes equipamentos, principalmente quanto à altura e largura, além da localização.

Depois de concluído o levantamento, que pode se estender até julho ou agosto, dependendo do clima, a secretaria de mobilidade urbana vai iniciar um processo de sinalização dos que estão de acordo com os padrões determinados legalmente, e retirar os que estão instalados a menos de 15 metros das esquinas.

— Depois disso vamos ver se vai ser preciso contratar uma empresa, ou não, para fazer a adequação dos quebra-molas que não estão em local irregular mas que precisam de ajustes — explicou.

 

Não é solução

 

O secretário de Mobilidade Urbana criticou a forma como os quebra-molas eram instalados, indiscriminadamente, até alguns anos atrás, dizendo que a decisão não levava em consideração questões técnicas mas atendia pedidos da comunidade ou feitos por políticos.

— Era eleitoreiro. Bastava que acontecesse um acidente em um determinado local e se as pessoas entendessem que ali deveria ser colocado um quebra-molas, geralmente faziam o pedido através de um vereador. Não havia qualquer estudo — disse.

Alison Silva enfatizou que na sua opinião como técnico na área – é engenheiro e pós graduando em engenharia de tráfego – a instalação de um quebra-molas deve ser a última medida entre todas a serem tomadas para equacionar um problema de trânsito.

— Somente depois de um reforço na sinalização, da fiscalização e orientação é que se pode pensar nesta alternativa. Mesmo assim os estudos devem ser criteriosos e a instalação devem seguir as normas técnicas.

 

Para saber

 

A grande maioria das cidades brasileiras tem quebra-molas em situação irregular, segundo comentou o secretário Alison Silva.

Ele disse, também, que em muitos municípios o Ministério Público tem se manifestado cobrando a adequação dos obstáculos às determinações da Resolução 600.

Conheça a Resolução 600 clicando aqui.

 

O QUE ESTÁ SENDO FEITO

 

Os funcionários da Semurb estão realizando a medição da largura e altura, fotografando as lombadas, ou quebra-molas, e desenham um croqui para apontar a exata localização do equipamento

 

 

 

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