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Gravataí é campeã na redução de acidentes com morte

Secretário Adão de Castro, da Mobilidade Urbana, comemora redução nos índices de acidentes com mortes em Gravataí

Gravataí teve a maior redução de acidentes de trânsito entre as cidades gaúchas com mais de 100 mil veículos

 

Enquanto a frota de veículos em circulação nas ruas de Gravataí cresceu 15% entre 2013 e o ano passado, o número de acidentes de trânsito que resultaram em mortes caiu significativamente: exatos 53,45%.

Traduzindo em números reais: Entre 2013 e 2016 o número de veículos de Gravataí subiu de 126 mil para 146 mil, sem contar os que vêm das cidades vizinhas pelas mais variadas razões: trabalho, entregas, passeio…

Na contramão desse crescimento, enquanto lá em 2013 aconteceram 58 acidentes com vítimas fatais no perímetro urbano de Gravataí, o ano passado fechou com menos da metade, ou seja, 27 casos de acidentes que resultaram em óbitos.

Ou seja, entre os 11 municípios do Rio Grande do Sul que contam com uma frota superior a 100 mil veículos, Gravataí é o município com maior redução no número de acidentes com mortes.

Isso que o objetivo era atingir essa redução de 50% somente em 2020, cumprindo a meta proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a ‘Década de Ação pela Segurança no Trânsito’, de diminuir pela metade o número de vítimas neste prazo.

 

Sem magia

 

O resultado é amplamente comemorado no Parque dos Anjos, sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, pelo titular da pasta, o especialista em trânsito Adão de Castro Júnior.

Coincidência ou não, Adão assumiu o comando da Semurb em 2013, e no dia 18 de setembro apresentou o seu Programa Municipal de Segurança e Educação para o Trânsito, o Promset.

— Não tem mágica. Tem planejamento e trabalho — ensina Adão.

O Promset é apoiado em três diretrizes, que são uma maior fiscalização do trânsito, a difusão do processo de educação no trânsito e o melhoramento da infraestrutura viária tanto na sinalização quanto no sistema propriamente dito.

 

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A fiscalização às infrações no trânsito foram intensificadas com a ampliação do número de agentes, de apenas sete para 30 e uso frequente de radar móvel. Pode até doer no bolso, mas somente de 2015 para 2016 o volume de infrações caiu mais de 20%.

— Nossos motoristas passaram a ter mais cuidado ao dirigir, estão agindo de forma mais consciente e com maior prudência — arrisca o secretário Adão.

Já o processo de educação para o trânsito é mais amplo ainda. Envolve escolas e empresas de modo geral. Nas escolas já foram promovidas cinco edições de capacitação de professores para que atuem como multiplicadores.

Eles passam a discutir o tema em aula e orientam alunos para transmitir as orientações básicas de segurança em casa, entre os familiares. Nas empresas são promovidas palestras, geralmente sobre direção defensiva para motoristas profissionais.

 

Infraestrutura

 

Desde o lançamento do Programa Municipal de Segurança e Educação para o Trânsito, em setembro de 2013, de acordo com o secretário, entre as capacitações e palestras já foram atingidas mais de 20 mil pessoas em Gravataí.

E a terceira diretriz, infraestrutura? A maior segurança no trânsito de Gravataí também passa por ações nesta área. Entre elas está a ampliação na sinalização horizontal e vertical, advertindo e orientando melhor quem está na direção.

— E fizemos uma série de alterações, como as conversões por exemplo. Em muitos locais que os motoristas tinham que esperar na direita, agora eles aguardam junto ao canteiro central. Isso reduz muito as chances de acidentes — assegura.

Outra providência foi a adoção do sistema tipo laço de quadra para evitar conversões perigosas, inversão do sentido e adoção de mão única em certas vias, também com a finalidade de reduzir o risco de acidentalidade.

 

No Cemitério

 

Uma destas mudanças é usada pelo secretário Adão de Castro como exemplo sobre o quanto o planejamento pode fazer a diferença, para melhor.

— As mudanças que fizemos na rótula da Jorge Amado (no Cemitério Municipal) reduziram os pontos de conflito, que são os pontos de risco de acidentes, de 95 para apenas três — diz Adão.

 

Fala, secretário

 

— Os dados da série que dispomos mostram que a cada ano o número de mortes por acidentes era crescente. Em 2012 foram 44 acidentes com mortes e em 2013 foram mais 58. Nossa meta era reduzir 50% estes números até 2020 mas, felizmente, alcançamos a meta em 2016!

 

Em Gravataí

 

Em 2012 – 42 acidentes com mortes

Em 2013 – 58 acidentes com mortes

Em 2014 – 42 acidentes com mortes

Em 2015 – 29 acidentes com mortes           

Em 2016 – 27 acidentes com mortes

 

No Rio Grande do Sul

 

Com redução de 3,2% nas mortes no trânsito em 2016, o Rio Grande do Sul avança na meta proposta da ONU de diminuir pela metade o número de vítimas no trânsito até 2020. O estado manteve a redução de 14% registrada em 2015 e continuou baixando.

O resultado de 2016 apresenta os menores números relacionados à fatalidade no trânsito desde que foi adotada nova metodologia de levantamento estatístico, em 2007.

Com a nova metodologia, não são computados somente as vitimas que morrem no local do acidente, mas também as vítimas que vêm a óbito em decorrência do acidente no período de até 30 dias.

 

: Média de acidentes também se reduziu no estado, no ano passado, segundo o Departamento de Transito

 

Acidentes com mortes no estado

 

Em 2007 – 1.631 acidentes com mortes

Em 2008 – 1.685 acidentes com mortes

Em 2009 – 1.718 acidentes com mortes

Em 2010 – 1.948 acidentes com mortes      

Em 2011 – 1.831 acidentes com mortes

Em 2012 – 1.854 acidentes com mortes

Em 2013 – 1.771 acidentes com mortes

Em 2014 – 1.825 acidentes com mortes

Em 2015 – 1.531 acidentes com mortes      

Em 2016 – 1.519 acidentes com mortes

 

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