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Gravataí participa de projeto que vai avaliar indicadores comportamentais relacionados a Infecções Sexualmente Transmissíveis da população gaúcha

Profissionais que farão a coleta de dados estarão devidamente identificados com colete, chapéu e mochila com identidade visual do projeto

Gravataí, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), foi um dos selecionados para participar do Projeto Atitude, que busca conhecer os fatores comportamentais associados à continuidade das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). As informações obtidas no estudo serão confidenciais e todos os exames serão gratuitos. Os participantes deverão ser maiores de 18 anos, de ambos os sexos. Testes começaram a ser realizados já nesta terça-feira, nos bairros do município.

– Somente conhecendo a população, seus hábitos e atitudes, poderão ser desenvolvidas estratégias efetivas para o enfrentamento desses agravos, que tem crescido nos últimos anos. Portanto, é de vital importância que a população participe da pesquisa e responda ao questionário, que será sempre mantido em sigilo pela equipe da coleta – destacou a responsável técnica do Projeto Atitude e médica epidemiologista do Hospital Moinhos de Vento (HMV), a médica Eliana Wendland.

Desenvolvido pelo HMV, em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), e apoio técnico do Ministério da Saúde (MS), o estudo também pretende obter informações sobre o número de pessoas infectadas pelo HIV/Aids, sífilis e hepatites B e C. Os participantes responderão a uma entrevista e, também, farão coleta de algumas gotas de sangue do dedo para os exames. Em Gravataí, ao menos, 290 pessoas irão participar do projeto.

A SMS reforça que os profissionais que farão a coleta de dados estarão devidamente identificados com colete, chapéu e mochila com identidade visual do projeto. Além disso, reitera que o estudo será uma fonte importante de informações a serem utilizadas para o direcionamento de políticas públicas e para o controle de epidemias voltadas ao tema. 

Ainda segundo o estudo, pacientes com resultados positivos serão referidos à rede de atenção à saúde do município.

– A Região Metropolitana tem apresentado as maiores taxas de detecção de HIV e sífilis, assim como uma das maiores taxas de mortalidade por HIV do Brasil. Estes dados mostram que é importante e urgente a realização dessas pesquisas que possam nos gerar informações, que servirão de auxílio para o enfrentamento da doença no RS e, aqui, em Gravataí – salientou o secretário municipal da Saúde, Régis Fonseca.

Ao menos, 56 municípios do Rio Grande do Sul foram selecionados para participação do estudo, sendo a amostra total composta por 8.232 indivíduos. Segundo a SMS, a importância da realização dos exames, que serão armazenados na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), são de extrema relevância, visto que o Estado é o que possui a maior prevalência de HIV e hepatite C, dentre todas as outras unidades do Brasil.

Conforme boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, em dezembro de 2021, a taxa de mortalidade por Aids no Rio Grande do Sul é de 7,2 óbitos por 100 mil habitantes, superior à média nacional, que é de 4 óbitos a cada 100 mil habitantes. Além disso, são 21,8 casos da doença, por 100 mil habitantes, média, também, acima daquela registrada no país, de 14,1 casos por 100 mil habitantes.

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