Gravataí começou a semana apenas um leito de UTI disponível. Outros leitos, covid ou não-covid, não estão lotados: restam superlotados.
Não há nem macas ou poltronas sobrando no Hospital de Campanha, Hospital Dom João Becker e Pronto Atendimento 24 Horas. Na emergência da Santa Casa, havia na noite de segunda 14 leitos e 45 pacientes.
A bandeira segue vermelha no Distanciamento Controlado do Governo do RS, mas fossemos um estado ou país, já estaríamos na bandeira preta. E, como tratei ontem, em Abrir ou fechar comércio, o novo dilema de Marco Alba e Miki Breier; o ’Decreto Pilato’ de Eduardo Leite, deve ser uma decisão do prefeito Marco Alba a partir da próxima semana.
A explosão de casos e mortes de julho, estação das UTIs lotadas desde antes da pandemia, já atinge 39 vidas perdidas e 1060 casos da COVID-19, 532 (50.1%) dos confirmados já recuperados.
Em live na noite desta segunda, o prefeito e o secretário Jean Torman anunciaram a partir de quarta mais 12 leitos intermediários (para pacientes que deixam as unidades de tratamento intensivo e precisam seguir o tratamento) e, na próxima semana, mais 10 UTIs dentro do Becker, com respiradores enviados pelo Ministério da Saúde e monitores comprados pela Prefeitura.
– Desde março alertamos que esse momento chegaria, com Porto Alegre com 93% de ocupação. Montamos o hospital de campanha e estamos abrindo leitos intermediários e de UTI, mas chegamos ao limite. Hoje, olhando individualmente para Gravataí, estaríamos em lockdown. Precisamos colaboração de todos para evitar que isso aconteça na próxima semana – alertou Marco Alba, confirmando a projeção que fiz sábado à noite em Gravataí é bandeira preta; é o pior momento.
Ao fim, a ‘ideologia dos números’ é incontestável: estamos rumo ao lockdown.
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