Gravataí terá passe livre no domingo de primeiro turno da eleição, e também no segundo turno, dia 30. É decisão judicial, mas saúdo o governo Luiz Zaffalon (MDB) por não submeter os pobres a mesma humilhação cometida por Porto Alegre.
Siga a nota da Prefeitura e, abaixo, sigo a análise.
“… O prefeito em exercício de Gravataí, Dr. Levi Melo, assinou decreto na tarde desta sexta-feira, 30, determinando passe livre nos ônibus municipais (branquinhos) nos próximos dias 2 e 30 de outubro, em razão das eleições, no horário das 6h às 20h. A medida atende à liminar deferida pela juíza Solange Moraes, da 4ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública de Gravataí, em ação movida pela Defensoria Pública do Estado.
Segundo declaração do prefeito Dr Levi, no ato assinatura do decreto, ao lado do secretário municipal de Mobilidade Urbana (Semurb), Guilherme Ósio, a Prefeitura de Gravataí está cumprindo com a determinação judicial ciente de que essa providência garante a equidade, ou seja, “a igualdade de acesso a todos os cidadãos ao processo eleitoral, sem prejuízo àqueles que eventualmente não conseguiriam se locomover por falta de recursos…”.
Confirmei com a Prefeitura de Gravataí: entrou no ônibus, não paga.
O Jocimar Farina conta, em reportagem em GZH, como será o humilhante passe livre em Porto Alegre; diferente da gratuidade em Gravataí.
Reproduzo trechos da matéria do jornalista na RBS e sigo abaixo.
“… Quem ultrapassá-la (a roleta) precisará pagar passagem. Então, os passageiros que informarem que não tem condições financeiras ficarão na parte da frente dos ônibus. Quando estiver lotado, as portas traseiras serão abertas para receber novos usuários.
– As empresas farão a sua parte. Se o salão dianteiro (a parte da frente do ônibus) lotar, nós abriremos a porta traseira. E a EPTC fará ampla divulgação informando que passe livre de domingo será para os necessitados. Quem quiser passar a roleta precisará pagar – descreve o engenheiro de Transporte da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), Antônio Augusto Lovato.
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU) informa que irá divulgar uma nota detalhada sobre a operação de domingo, mas reforça que no Termo de Ajustamento de Conduta (Tac) não está caracterizado que a ação seja igual ao tradicional passe livre. É sim uma “gratuidade para quem mais precisa”.
Sigo eu.
Entenderam? Os pobres tem que entrar no ônibus se apresentando como pobres.
Ao fim, obrigado Levi e Zaffa por não fazerem Gravataí passar essa vergonha. E o passe livre na eleição, mesmo que custe a todos, parece uma obviedade, enquanto o voto for obrigatório.
Clique aqui para saber os horários do domingo.