coluna do cidade

Innocente

Humano infame

HUMANO

Eu, tu, todos NÓS

Somos os DANOS

E pra tanto

Temos o aparelho completo para o assassinato

Mas não o fazemos

Por que não somos mais ferozes que o dragão

Ou mais envoltos em atrevimento que o javali

Infante, onde se coloca tua agressividade em relação ao firmamento?

Faltam luzes na praia, pois teu disparo as ocultou num clarão de ferimentos

Só o mal pode soar tão alto

As almas todas farejam tua doença

Para ti, um erro, um se excitar em fúria e febre

Para o universo, um desacato unificado e centrado no imperfeito

Em monstruoso esmero

Os sábios e os tolos chegarão ao fim do sofrimento

Os carrascos, não.

 

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