opinião

Isentão, povão e sem CCs; o partido de Claiton Manfro

Claiton Manfro e partidários entregam emenda ao prefeito em exercício Áureo Tedesco, na Prefeitura

A entrega de uma emenda parlamentar de R$ 300 mil articulada com o deputado federal Giovani Cherini para ser usada na saúde de Gravataí foi a deixa para o produtor cultural Claiton Manfro apresentar oficialmente seu Partido Liberal, o PL, ex-PR, hoje a terceira maior agremiação partidária do país, perdendo em representação na Câmara Federal apenas para o PSL, do atual presidente Jair Bolsonaro, e para o PT dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

O secretário de Governança e Comunicação levou dirigentes e candidatos à Câmara e ao Conselho Tutelar para, ao lado do secretário substituto de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos José francisco Alves Pereira, e de assessores do deputado, fazer a entrega formal da liberação dos recursos para Áureo Tedesco (MDB), prefeito em exercício durante a viagem de Marco Alba (MDB) a Brasília.

No grupo era possível observar principalmente as periferias representadas, entre veteranos e estreantes de associações de bairros e vilas populares e populosas, e organizadores de movimentos sociais e cooperativas, como dos catadores e recicladores.

Ex-PSB, partido pelo qual foi secretário de Cultura de Cachoeirinha, Claiton ainda é ‘vítima’ de brincadeiras de colegas no governo, ao ser chamado de ‘esquerdinha’, por apostar na conexão com os movimentos sociais e populares.

Sob espectro de sua secretaria estão 112 associações de moradores, 28 conselhos municipais, como da saúde, por exemplo, os núcleos dos negros, das mulheres, dos idosos, da juventude, das pessoas com deficiência e das políticas comunitárias, além da gestão participativa (que leva informações do governo aos bairros), e do Codes, o conselho de desenvolvimento econômico, que, apesar de também ter representação ‘popular’, operar mais voltado para entidades patronais, empresários e profissionais liberais.

A valorização da união de diferentes deu o tom dos discursos, na apresentação feita por cada participante, e do próprio Claiton, um entusiasta das ‘terapias integrativas’, aquelas práticas de atenção à saúde não alopáticas que englobam atividades como a acupuntura, naturopatia, fitoterapia, meditação, reiki e florais, e buscam atender ao indivíduo de forma holística, baseado na confiança e no vínculo entre terapeuta e usuário, hoje estimuladas pela Organização Mundial da Saúde – e nas quais é especialista a esposa Tatiane Monticelli, do Espaço Infitivo, ali no Gravataí Shopping Center, que o Seguinte: já reportou em Psicoterapia reencarnacionista para se conhecer melhor.

– Não tratamos de esquerda ou direita. Acreditamos no debate horizontal, na política da base, dos movimentos sociais e populares, aqueles mais distantes do centro, tanto que aqui estão representações de todas regiões de Gravataí, sem medalhões ou imposições de candidaturas ou coligações – resume Claiton, sobre o caráter ‘isentão e povão’ da sigla, mesmo que carregue no sobrenome o “liberal” que, conceito deturpado pelos próprios ‘liberais’ brasileiros, hoje remete muito mais ao ‘Deus Mercado’ e ao conservadorismo.

– Estar em governos não é só dizer amém, mas manter a consciência crítica – argumenta o presidente do partido que participa dos governos Marco Alba (MDB), Eduardo Leite (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL).

Em Gravataí, pelo menos até agora, sem outros CCs além do cargo dele, como secretário de um governo que defende:

– Gravataí investe 24% na saúde, quando poderia constitucionalmente aplicar 15%. Mas costumo dizer ao Marco que a saúde é um problema que nem Jesus Cristo resolve, porque se trata a doença, e não a prevenção. Por isso sou um entusiasta das terapias alternativas, hoje já oferecidas pelo SUS.

Além de, na prática, estarem na contramão da política bolsonarista ao valorizar, e não esvaziar, conselhos populares, Claiton e os seus, no final da conversa de cerca de 30 minutos com Áureo, exerceram a crítica, ao condenar a liberação pelo governo federal de em média um agrotóxico novo por dia em 2019.

– Por que as crianças americanas não podem consumir alimentos com esses agrotóxicos e as nossas podem?

Brincando na conversa de bastidores, o jornalista Roberto Gomes, do Seguinte:, lançou para Claiton o desafio de apontar algo bom no governo Bolsonaro.

Ele ficou de pensar.

Faria o mesmo se a pergunta fosse sobre os governos do PT.

Ao fim, como postei na manchete do artigo, o PL de Claiton se apresenta hoje como ‘isentão, povão e sem cargos’.

 

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