Jones Martins respondeu à entrevista Bordignon concorre a prefeito em 2020? Ele responde, publicada nesta quinta pelo Seguinte:, na qual o ex-prefeito volta a estrelar o 'Game of Thrones Gravataí'.
Siga trechos do que disse o ex-deputado federal e ficha 1 para ser o candidato do governo à sucessão do prefeito Marco Alba (MDB).
– De novo essa enganação? Bordignon não pode concorrer em 2020! Está com os direitos políticos suspensos. Se pudesse disputar a eleição até seria bom, porque poderíamos discutir os motivos de uma década de impugnações e o passado, presente e futuro de Gravataí.
Em breve, comento.
Seguinte: – Identificado como o candidato oficial do governo Marco Alba, foste um dos principais alvos da entrevista de Daniel Bordignon.
Jones – É uma entrevista que cheira a naftalina. O professor Bordignon, mesmo depois de anos de impugnação, recorre às mesmas práticas da esquerda antiga, aquelas onde os fins justificam os meios. Ele não cumpriu a lei. A política nova não aceita essa vitimização debochada, esse discurso de perseguição, que é o mesmo do Lula, do José Dirceu, do Palocci, do Delúbio, que a gente sabe bem onde estão hoje. Marco, Patrícia e eu temos história em Gravataí e andamos de cabeça erguida. Nenhum de nós é condenado. Uma das melhores experiências da minha vida foi a dobradinha com a Patrícia, ela concorrendo a deputada estadual, eu a federal, sob a liderança do Marco. Em 2020, é o legado de Marco que vamos defender, uma gestão moderna, com ferramentas modernas, com planejamento, com responsabilidade fiscal, sem gastar mais do que arrecada, cumpridora da lei e com transparência reconhecida por órgãos de controle como o Ministério Público e o Tribunal de Contas. Gravataí, terceira, quarta economia gaúcha, não pode voltar para a época do bilhetinho. Enfim, Bordignon está desconectado da política moderna, usa da velha prática de atacar as pessoas. É um discurso rancoroso, que subestima a inteligência e a memória das pessoas, feito por alguém que demonstrou covardia ao trocar de partido.
Seguinte: – Acreditas que Bordignon arriscará uma nova aventura jurídica concorrendo sob risco de impugnação?
Jones – Não duvido Bordignon tentar enganar mais uma vez as pessoas. Lamento porque desestabiliza a eleição e traz prejuízo para a cidade. Ainda mais com uma condenação tão clara quanto à dele. No prazo de registro de candidaturas ainda estará com direitos políticos suspensos. Ele não pode concorrer! Se pudesse concorrer até seria bom, porque poderíamos discutir os motivos de suas impugnações e o passado, presente e futuro de Gravataí. Governo para os pobres fazemos nós.
Seguinte: – E Jones, é candidato a prefeito?
Jones – A decisão será tomada na hora certa. Óbvio que é uma honra para qualquer candidato defender o legado do Marco e a virada de página que demos em Gravataí, com uma gestão moderna, técnica, responsável e com os maiores investimentos estruturais e sociais já feitos, em meio a uma crise econômica que representa uma década perdida para o país.
Seguinte: – Bordignon sinalizou para uma aproximação com Levi Melo, que concorreu em 2016 mas, em 2017, apoio a reeleição de Marco.
Jones – Tivemos uma ótima experiência em 2014, Dr. Levi concorrendo a deputado estadual, eu a federal. Ele está se dedicando a organizar o PRB, que faz parte de nosso governo. Em 2020, acho que temos que estar próximo dos próximos, dos que tem pensamentos semelhantes.
Seguinte: – Bordignon também acena para Anabel Lorenzi (PSB).
Jones – É muito cinismo do Bordignon! O discurso de humildade não combina com ele. A cidade sabe o que ele fez para a Anabel, para o Miki e a família deles. É ofensivo para Anabel, de forma oportunista, ele falar dela agora às vésperas da eleição. Todos testemunhamos o instinto demolidor de Bordignon quando foi prefeito e fazia de tudo, passava por cima de quem fosse, para ser o todo poderoso da política. Inclusive, essa prática coronelista dele foi o que em 2008 nos aproximou do PSB. O Juliano Paz foi meu vice numa campanha em que, com apoio da Anabel, do Miki, dos hoje vereadores Paulo Silveira e Carlos Fonseca, dos históricos do PSB, largamos com 2% e terminamos com mais de 50 mil votos.
Seguinte: – Bordignon disse na entrevista que seu PDT tem decisão do diretório proibindo alianças com o MDB e o PSD. Há chance de aproximação com o vereador Dimas Costa, que se apresenta como candidato a prefeito?
Jones – Respeitamos a oposição, que cumpre seu papel. O vereador tem ocupado bem os espaços. Mas temos um grupo de partidos que governa junto. Se outros concordarem com a gestão do Marco e nosso projeto, até podemos conversar. Nossa política é a nova, não a velha, é para o bem comum, o interesse público, não o carreirismo.
Seguinte: – Como projetas o quadro eleitoral em 2020?
Jones – Acredito que teremos um candidato do governo e dos partidos de sustentação, talvez com apoio de outros; um porta-voz do Bordignon, que já se falava o Paulo Silveira, mas pela entrevista ao Seguinte: não tenho dúvidas de que será a Rosane; tem o Dimas e o resto, por enquanto, é fofoca.
Seguinte: – Como avalias o governo Marco Alba?
Jones – Dou nota 8. Gravataí é referência em gestão. Atravessamos o período de crise com salários em dia, fornecedores em dia e investindo em UPA, em avenidas, nas pontes do Parque dos Anjos. Reduzimos a mortalidade infantil, temos o maior Ideb da história na educação. Marco deixará uma cidade pronta para crescer junto ao país, com a aprovação da reforma da previdência. É um governo tão bom que paga suas contas, as contas dos outros e ainda investe.
Seguinte: – E o governo Eduardo Leite (PSDB)?
Jones – O governador foi eleito prometendo dinamismo, fazendo parecer que Sartori era devagar, mas dou nota 7 para o governo porque Leite mantém as ações do ex-governador. É uma continuidade necessária, e tem se mostrado um bom articulador.
Seguinte: – E o governo Jair Bolsonaro?
Jones – Bolsonaro foi eleito por representar o antagonismo a uma esquerda que decepcionou, tanto na gestão do país, quanto pela corrupção. O voto nele foi de boa fé. Parece-me que o presidente está se dando conta da dificuldade da missão e não conseguiu ainda articular as diferentes forças do governo. Mesmo que tenha divergências em relação à condução pessoal dele na presidência, Bolsonaro sabe que há um consenso nacional da necessidade da reforma da previdência e de uma reforma tributária. Acredito que, aprovadas, entraremos em um ciclo virtuoso.
Seguinte: – O MDB, no governo da prefeita Rita Sanco (PT), em Gravataí, e da presidente Dilma Rousseff (PT), no Brasil, com impeachment feriu. Hoje, com impeachment é ferido em Cachoeirinha, com a ameaça de cassação do prefeito Miki Breier (PSB) e do vice Maurício Medeiros (MDB).
Jones – Gostaria de fazer um desagravo ao Miki e o Maurício e rechaçar esse impeachment, que não tem crime de responsabilidade, conforme comprovam os documentos da denúncia. Prefeito e vice têm minha total confiança. O importante instrumento democrático do impeachment não pode ser banalizado ou usado para barganhas políticas.
Seguinte: – Para Bordignon perguntamos “Lula livre ou Lula preso?”. Lacrou na polêmica no Grande Tribunal das Redes Sociais. E Jones, o que acha: “Temer livre ou Temer preso”?
Jones – Que a lei seja aplicada para todos. Há diferença entre Lula e Temer, porque um está condenado, outro não. Aí há toda uma polêmica, sobre um estar preso em segunda instância e outro com prisão preventiva. Defendo que condenados cumpram suas penas.