A versão pública do Mapa Único do Plano Rio Grande lançada segunda-feira pelo Governo do Estado mostra um número oficial de atingidos menor do que as estimativas de 25 mil em Cachoeirinha e 10 mil em Gravataí, divulgadas em reportagens durante e no pós-enchente.
Conforme o sistema integrado de mapeamento das áreas diretamente atingidas pela catástrofe, que traz informações sobre as cidades afetadas, como endereços, vias, domicílios, empresas, equipamentos públicos (como escolas e hospitais) prejudicados, 14.598 pessoas foram atingidas na soma dos dois municípios.
Cachoeirinha, em estado de calamidade, teve atingidos 5, ou 10.6%, dos 44 Km2 de área. Dos 136.258 habitantes estimados, 8.892, ou 6.5%, foram atingidos diretamente. Entre 69.150 dos endereços, 4.935 (7.1%) foram atingidos. Dos 60.580 domicílios particulares, 4.205 (6.9%) foram atingidos.
Gravataí, em estado de emergência, teve atingidos 35, ou 7.4%, dos 468 Km2 de área. Dos 265.074 habitantes estimados, 5.706, ou 2.2%, foram atingidos diretamente. Entre 134.629 dos endereços, 2.840 (2.1%) foram atingidos. Dos 119.303 domicílios particulares, 2.559 (2.2%) foram atingidos.
Conforme material divulgado pelo governo gaúcho, a iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.
“A ferramenta já é utilizada internamente pela administração estadual desde o final de maio. Agora, com a versão pública, qualquer interessado terá acesso às informações, em especial agentes de outros órgãos públicos e dos municípios, que poderão utilizar os dados para simplificar processos e direcionar políticas públicas de forma mais célere e efetiva”, diz nota.
A ferramenta foi construída a partir do processamento de imagens de satélite e de análises de topografia e hidrografia e contempla as áreas atingidas por alagamento, inundação, enxurrada e deslizamento.
“A partir das manchas encontradas no mapa foram realizados diversos cruzamentos com informações disponíveis em bases como Censo; Cadastro Único; cadastros estaduais como os de Assistência Social, Saúde, Educação e Segurança; e dados da Receita Estadual. A Defesa Civil dos municípios também contribuiu com a delimitação da área atingida por meio de autodeclarações enviadas ao Estado”, explica o governo.
Clique no mapa para navegar pelos dados das cidades atingidas pelas enchentes.
