A projeção do prefeito Marco Alba é encerrar o mandato em 31 de dezembro de 2020 com um endividamento de 22% da receita, mesmo com o contágio econômico da pandemia e os R$ 100 milhões em investimentos na infraestrutura de Gravataí.
– Em 2013 era de 56%. Uma diferença estratosférica. De 1997 a 2011 o orçamento multiplicou por 14 vezes. Desde que assumi multiplicou apenas uma vez – comparou o próprio prefeito, em audiência na Câmara de Vereadores.
– Paguei 300 milhões em dívidas geradas pela incompetência dos gestores. As obras que estou fazendo tem endereço. É só ir lá e ver. Se eu entregasse com a dívida de 56%, estaríamos empatados. Seriam 400 milhões. Injusto responder por aquilo que não fiz e paguei – comparou, alertando também para o custo, só em 2019, da alíquota complementar para a previdência (R$ 27,5 milhões) e o parcelamento de governos anteriores (R$ 9,2 milhões).
– Sem essas contas, para a qual não colaboramos com um centavo, teríamos feito o dobro de obras e dado reposição – calculou.
Ao fim, parece-me incontestável a responsabilidade fiscal do governo Marco Alba. Se não por justiça e responsabilidade intelectual, por inteligência política a crítica não se sustenta.
Marqueteiros mais atentos da oposição certamente vão alertar que, neste ano eleitoral, é pauta proibida ‘denunciar’ a conta de empréstimo que vai ficar para os próximos governos, ou então sustentar que o prefeito ‘financiou’ seus dois mandatos em cima da falta de reposição para o funcionalismo.
É 7 a 1 para a 'ideologia dos números'.
Exterminador de dívidas, Marco Alba é.
Não localizei comprometimento menor do orçamento com dívidas nas últimas décadas.