Complicou a indicação do prefeito interino Cristian Wasem como candidato à Prefeitura na nova eleição de Cachoeirinha, ainda não marcada pelo TRE. É o ‘morto’ do carteado virado na mesa após a convenção que não aconteceu no MDB, e sóm confirma o que reportei sábado em A convenção do MDB de Cachoeirinha foi suspensa pela disputa por candidatura à Prefeitura e cargos no governo.
– Agora sou candidato a presidente. Não quero concorrer a prefeito, mas o Cristian também não vai – disse a amigos de canastra o vice-prefeito cassado, e que ficou em exercício do cargo de prefeito desde setembro com o afastamento de Miki Breier pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça sob suspeita de corrupção em contratos de limpeza urbana investigados pelas operações Proximidade e Ousadia do Ministério Público.
– Mexeram com os meus. Agora vão ver – ameaçou, sobre a demissão de pessoas ligadas a ele, autorizadas pelo prefeito interino após a suspensão da convenção pela direção municipal.
Maurício também confirmou que o casal Alba – Marco Alba, ex-prefeito de Gravataí, e Patrícia Alba, deputada estadual que nasceu em Cachoeirinha – articula com ele a eleição para o diretório municipal.
Antecipei a crise interna em Cristian Wasem começa mal seu governo em Cachoeirinha; Conheça os novos secretários e suas relações políticas, ao contar sobre a primeira visita recebida por Cristian, de Juvir Costella, deputado estadual e ex-secretário de Infraestrutura e Transportes de Eduardo Leite (PSDB), e o ex-deputado federa Jones Martins, ‘inimigos internos’ dos Alba.
Aos amigos, Maurício admitiu inclusive a possibilidade de uma aliança com o Delegado João Paulo (PP).
Só que, para avançar a conversa, o vereador Deoclécio Melo (Solidariedade) não poderia ser o vice, como já admitiu negociar o candidato a prefeito que foi terceiro colocado na eleição de 2020.
Aline Melo, filha do veterano vereador, foi demitida do governo Maurício e fez denúncias levantando suspeitas sobre licitações da limpeza urbana também na gestão do prefeito em exercício, como reportei em artigos como Governo Maurício: ex-secretária que levantou suspeitas de corrupção em Cachoeirinha é denunciada na Polícia; Licitações sob devassa e Maurício paga mais que ’superfaturado’ contrato de Miki para lixo de Cachoeirinha; A meia verdade e metade próxima da mentira.
Ao fim, está acontecendo o que previ no artigo sobre a suspensão da convenção de sábado.
Escrevi: “… possivelmente a comissão provisória não garantirá a maioria dos apoios que Cristian teria para concorrer na eleição suplementar, caso fosse eleita hoje a chapa que era construída como “de consenso”. Maurício Medeiros disse ontem que não quer concorrer na nova eleição para a Prefeitura. Talvez a partir de hoje seja obrigado por seu grupo a, pelo menos, ameaçar disputar uma prévia com Cristian…”
O que o advogado André Lima – que seria o presidente, é incentivador da candidatura de Cristian e ainda tenta articular uma chapa sem disputa – chamou de “3, 4 que desrespeitaram o consenso”, agora já são pelo menos 5, com Maurício Medeiros adversário do prefeito interino.
Lembrou-me uma do Millôr: “Um dia um de seus seguidores o traiu. Um só. Quer dizer, um só porque a traição deu certo. Os outros onze estavam só esperando a vez”.
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