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Acerta vereador ao retirar pedido de ’CPI da Sogil’ em Gravataí; Câmara não é cativeiro

Cláudio Ávila é vereador em primeiro mandato

Acerta o vereador Cláudio Ávila ao pedir o arquivamento do pedido ‘CPI da Sogil’. O líder da bancada do PSD na Câmara de Gravataí usou como justificativa “a movimentação dos últimos dias do cenário político”, após o Seguinte: publicar Demissão de secretário faz vereador entregar cargos no governo Zaffa.

No artigo reporto a possibilidade de, com uma eventual adesão de Carlos Fonseca (PSB) à oposição, o vereador ser a sétima assinatura necessária para abertura de uma investigação parlamentar sobre os subsídios ao transporte coletivo que podem chegar a R$ 8,6 milhões até o fim de 2022.

– Não propus a CPI apenas por ser oposição. Naquele momento muitas coisas não estavam claras sobre contrapartidas à população. Quando fiscalizo o governo não é só para fazer chicana. Quando começaram a circular notícias que de que pessoas ligadas ao vereador comentaram sobre a possibilidade de assinar a CPI, pedi a retirada. Essa crise não é nossa. O momento da CPI já passou. Irregularidades e suspeitas que tenho fiscalizado são encaminhadas ao Ministério Público – argumentou Cláudio Ávila ao Seguinte:.

Reproduzo na íntegra o Memorando 619, enviado pelo ‘líder da oposição’ à Presidência da Câmara, e, abaixo, sigo.

“…

Em virtude da movimentação dos últimos dias do cenário político municipal, tendo em vista a estabilização das políticas públicas dentro das proposições noticiada pelo prefeito, tendo em vista a postura democrática e institucional que o gestor vem mantendo com o legislativo e a oposição, solicito à Presidência desta Casa Legislativa o arquivamento dos documentos do Requerimento e Memorando, os quais criariam a Comissão Parlamentar de Inquérito proposta por esse vereador.

O pedido se justifica pela insuficiência de assinaturas no momento oportuno para tanto e no fato de as proposições da oposição estarem sendo debatidas constantemente com as autoridades fiscalizadoras e com os representantes do governo nesta Casa Legislativa.

Além disso, não desejo que, eventualmente, se faça uso de um instrumento tão sério como uma Comissão Parlamentar de Inquérito para tensionamento do governo municipal após os documentos citados não terem atingido o número necessário de assinaturas para o andamento.

Ressalto, por fim, que todas insatisfações da oposição estão sendo reparadas ao próprio governo municipal e, quando pertinente, às autoridades fiscalizadoras.

Sendo assim, solicito o arquivamento.

…”

Sigo eu.

Acerta Ávila primeiro porque, como ele próprio alerta, o momento de ‘CPI da Sogil’ já passou.

Já foram dadas as explicações para o que chamo de – impopular, mas necessária – ‘institucionalização do subsídio’ e, primeiro congelamento, e depois, redução das tarifas, como também já foram feitas, e estão sob fiscalização dos vereadores e da sociedade, as promessas de melhorias em curso.

Hábil, quando elogia a condução do prefeito na relação com o legislativo e retira o pedido de CPI, Ávila aumenta ainda mais a responsabilidade do governo Luiz Zaffalon (MDB) de investir para, e cobrar da concessionária operadora as melhorias nos horários e ônibus.

Ainda, ao descolar de barganhas política, Ávila eleva o instrumento CPI na Câmara de Gravataí.

O exemplo de fazer governos reféns dos parlamentos está na vizinha Cachoeirinha, malfeitos à parte, há dois anos parada com governantes em cativeiro por grupos políticos, econômicos e fações mais interessadas em tomar a Prefeitura de assalto, do que investigar alguma coisa.

Fato é que Carlos Fonseca nunca disse publicamente que assinaria a CPI. E, agora, se achar necessária, terá que propô-la.

Mais: apesar de ter saído dos grupos de WhatsApp de seu partido e da base do governo, o vereador ainda não entregou os cargos que indica na Prefeitura. A expectativa é que o anúncio da independência seja feito pelo parlamentar na sessão da Câmara desta terça-feira.

Pelo menos no Diário Oficial de ontem nenhuma demissão de cargos de escalões menores foi publicada, para além da exoneração de Paulo Moreira, sua indicação como secretário de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Bem Estar Animal (SEMA).

Interinamente, assumiu como secretária Luciane Oliveira, que comandou a Secretaria de Projetos Especiais e Habitação do governo Marco Alba (MDB) e teve a candidatura impugnada a vereadora pelo MDB.

O PSB ainda conta com a indicação para a SEMA. Na sexta, após o artigo Demissão de secretário faz vereador entregar cargos no governo Zaffa ter revelado a crise envolvendo Carlos Fonseca, Zaffa assinou, em seu gabinete, e tendo ao lado o outro vereador da bancada socialista, Paulo Silva e o presidente municipal Luis Stumpf, além do também parlamentar Dilamar Soares (PDT), a ordem de início de obras no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.

Sábado, na convenção do MDB que reelegeu Alan Vieira presidente e confirmou as candidaturas do casal Alba, e o Seguinte: reportou em vídeo em EM VÍDEO | Marco e Patrícia Alba são as candidaturas a deputado do MDB de Zaffa, Sônia, Acimar, Dorival…, Paulo Silveira e Luisão também foram representar o partido no CTG Aldeia dos Anjos.

Ao fim, acerta Ávila ao não cair no fácil caça-cliques e, possivelmente, com a retirada do pedido até apanhe no Grande Tribunal das Redes Sociais.

Inegável é que, no momento, e se, propor outra CPI, terá muito mais credibilidade.

 

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