crise do coronavírus

Mico de farda: vacina contra COVID deve atrasar em Gravataí e Cachoeirinha; Os biodegradáveis

Avião da Azul, que trará vacina da ìndia, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, São Paulo

O início da campanha de vacinação contra a COVID-19 deve atrasar em Gravataí, Cachoeirinha e Bananil afora. Com planos municipais prontos, os secretários da Saúde Régis Fonseca e Juliano Paz manifestaram preocupação ao Seguinte:, na tarde deste sábado.

O ‘mico de farda’ aconteceu um dia depois do ministro da Saúde Eduardo Pazuello anunciar o calendário, como detalhei em A promessa da vacina: Dia D é quarta, Hora H é às 10; Cachoeirinha e Gravataí prontas. O avião enviado à Índia para buscar doses não tem data para voltar.

Após o incidente, nem Ministério da Saúde, nem Governo do Estado informaram aos secretários se, conforme o calendário, a confirmação do número de doses será confirmada aos municípios nesta segunda. Em Gravataí, o público inicial de profissionais da saúde e idosos em asilos é de pouco mais de 3 mil pessoas. Em Cachoeirinha, 2,5 mil.

– Temos 200 vacinadores e salas especializadas nas 29 unidades de saúde, além da confirmação da Secretaria Estadual da Saúde de que serão enviadas seringas, agulhas e insumos necessários. Seguimos na expectativa da chegada da vacina – diz Régis Fonseca.

– Estamos com 50 vacinadores mobilizados, usaremos 8 unidades de saúde e temos em estoque 10 mil seringas e vacinas, além de câmaras frias e veículos para transporte. Falta só o principal: as doses da vacina – diz Juliano Paz.

Fato é que, em Gravataí e Cachoeirinha, os secretários pararam tudo para preparar o plano, após o governo Bolsonaro resolver acelerar a vacinação para disputar na politicagem com João Dória e anunciar na quinta passada que a vacinação já aconteceria na quarta próxima.

Cancelaram férias de servidores, projetaram alterações no fluxo de trabalho de unidades de saúde e correram atrás de insumos. Multiplique a bagunça pelos outros 5,5 mil municípios brasileiros.

Ao fim, o que esperar de um Deprimente da República, espantalho de generais, que, como tratei em O quão Gravataí está longe da falta de ar de Manaus; Bandeira vermelha nos indicadores, laranja no decreto, se ainda não deixa as pessoas morrerem de fome, as deixa por falta de ar?

Como pode um ministro, militar capacho de bunda suja, que se diz especialista em logística, visitar a Manaus da pilha de corpos 2.1 e poucos dias depois faltar oxigênio? Anunciar um calendário de vacinação e mandar um avião buscar vacinas sem combinar com o governo indiano?

Seria um felliniano Amarcord, uma comédia, não fosse tragédia; catástrofe humanitária.

Tem essa gente alguma qualidade além de ser biodegradável?

 

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