Miki Breier (PSB) falou pela primeira vez, nesta sexta-feira, após seu afastamento em 30 de setembro pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.
O vídeo foi postado em suas redes sociais pelo prefeito reeleito em 2020 três horas depois do vereador Mano do Parque (PSL) protocolar novo pedido de impeachment.
Detalhei a polêmica hoje em ’Impeachment Rui Barbosa’: Câmara julga novo pedido de cassação de Miki; A ’prova’ é vídeo ilegal, e constrangedor.
– A oposição vazou um conteúdo que está sob investigação de uma forma distorcida e completamente arbitrária, no intuito de manipular a opinião pública e promover um julgamento tendencioso de forma antecipada, unilateral e sem qualquer oportunidade de defesa. Algo que vai totalmente contra o devido processo legal – escreveu Miki, concluindo.
– Em todas as minhas funções a serviço da população, sempre pautei minha atuação pela ética, transparência, diálogo e respeito às leis. Não conseguirão me desestabilizar. A verdade venceu outras vezes e irá vencer novamente.
Assista ao vídeo e, abaixo, sigo
Demorou, Miki.
A fala do prefeito, pensadamente editada em um fundo asséptico, só aconteceu após vazarem supostas provas das operações Proximidade e Ousadia, protegidas pelo segredo de justiça.
Um dos vazamentos é constrangedor.
Como analiso em ’Impeachment Rui Barbosa’: Câmara julga novo pedido de cassação de Miki; A ’prova’ é vídeo ilegal, e constrangedor, mais do que mostrar maços de dinheiro, tirados de gavetas e do casaco do prefeito, sendo contados em cima da cama do casal, expõe a primeira-dama Vanessa Moraes sendo revistada por uma policial.
No pedido de impeachment, o vereador proponente assina que “… Na ocasião, o então Prefeito Municipal de Cachoeirinha, Sr. Volmir José Miki Breier, teve seu celular apreendido, bem como, valores encontrados em seus contas correntes foram bloqueados, ainda, valores em espécie foram apreendidos em sua residência, valores estes que teriam sido recebido em forma de “propina” por meio da secretária executiva da empresa SKM (então prestadora de serviços de limpeza urbana do município), a mando do proprietário da empresa, Jorge Fouad Abdo…”.
De concreto: a apreensão foi de R$ 23 mil, cuja origem ilícita ainda não foi comprovada, já que, apesar de denunciado pelo MP, Miki ainda não foi tornado réu pelo TJ – e muito menos condenado.
Ao fim, como concluí no artigo de minutos atrás: fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos, é que são 1.200 horas sem provas públicas. E, ‘coincidentemente’, uma semana de malandros vazamentos seletivos.
Se, como alega, é alvo de “um processo injusto” e “sem provas, só narrativas”, Miki deveria estudar com seus advogados pedir ao desembargador relator Aristides Neto a derrubada do segredo de justiça.
Já que resta condenado pelo Grande Tribunal das Redes Sociais, como admite em seu vídeo, melhor dar acesso público, e com sua versão dos fatos, do que ser vítima de novos vazamentos.
Malandros e seletivos.
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