Dezenas de mulheres, cada uma com sua história de batalha, algumas com a guerra vencida, outras por vencer, passaram pelo tapete vermelho da passarela da quarta edição do Desfile das Vitoriosas, na Praça da Bíblia, no Centro de Gravataí.
O evento é uma realização do gabinete da primeira-dama (GPD), em parceria com entidades e as secretarias municipais da Saúde e da Governança e Comunicação Social.
– Sabemos que homens e mulheres são diferentes em seus papéis e a mulher é o acolhimento, a base da casa, da família. Por isso, quando a mulher fica doente, toda a família adoece. Assim, é sempre importante lembrar que a mulher, para cuidar o outro precisa se cuidar – disse, na abertura do evento, a primeira-dama Patrícia Bazotti Alba.
Ela lembrou que antes, o diagnóstico de câncer era uma sentença de morte.
– Mas agora, cada vez mais podemos vencer esta doença e por isso estamos aqui, celebrando as vitórias e incentivando na batalha pessoal de cada mulher que irá passar por esta passarela. Vocês, meninas, merecem isso e muito mais. Estamos muito alegres de poder participar da vida de vocês. Este é um momento de celebração da vida. Parabéns para todas.
Patrícia ainda ressaltou a importância da rede de saúde e apoio do município, formada por diversas secretarias, capitaneadas pela Secretaria da Saúde, que trabalha o ano inteiro para das suporte a estas mulheres que enfrentam o câncer.
O prefeito Marco Alba lembrou que o desfile é um ato de amor.
– Estamos aqui celebrando a vida, a grandeza, a fé das pessoas que acreditam na vida e lutam para superar dificuldades. Estas mulheres são vitoriosas e mais do que isso, estão aqui por amor ao próximo, para alertar o outro e dar o exemplo de que é possível.
A história de algumas destas mulheres…
Foi no ano passado, através do autoexame, que Karina Batista Duarte, 33 anos, encontrou um nódulo do seio. Após consultas, diagnóstico e cirurgia, ela agora passa pela frase de tratamento.
– Desde o dia que encontrei o nódulo me senti curada e vitoriosa e aqui estou. Claro, que a doença fez com que eu repensasse pontos da minha vida, dando mais valor para a minha família e a minha fé.
Ela destaca que participar do desfile é uma forma de chamar atenção de todas as mulheres, independente da idade, para o auto cuidado.
– Não é fácil passar pelo diagnóstico e tratamento, por isso, precisamos sim, comemorar e mostrar que somos vitoriosas na vida.
Sandra Fernandes, 67 anos, está na batalha contra o câncer de mama desde 2014, quando a doença foi diagnosticada pela primeira vez. Em 2016, novamente ela precisou passar por cirurgias e hoje, ainda faz acompanhamentos e toma medicações.
– Quando eu achei que a doença já tinha me atingido de todas as formas, minha filha, Viviane, de 49 anos, no ano passado também foi diagnosticada com câncer de mama. Mesmo assim, sou forte e fiquei com outra visão da vida. Sou mais sensível, aprendi a perdoar mais, vejo as pessoas e o mundo com outros olhos. Tenho me aceitado e aceitado a tudo do jeito que é. Tenha certeza que sou uma pessoa feliz.
Ana Paula Vargas da Rosa, 37 anos, chamou atenção por sua superação na passarela, ao desfilar com um andador. Em 2016 precisou fazer uma mastectomia, descobriu metástases no pulmão e ossos e teve a medula queimada pelas sessões de radioterapia.
– A doença que tenho não tem cura, assim, farei quimioterapia de 21 em 21 dias enquanto viver. Ter retirado o seio foi o mínimo que ocorreu. Tenho Deus comigo e acredito que a fé move montanhas. Assim, luto todos os dias para estar viva. Luto contra dores e estou aqui para comemorar que pelo segundo ano que desfilo, lutei, venci e estou viva.
O desfile foi apresentado pelo secretário substituto para Assuntos de Segurança Pública André Britto, e teve a presença da presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Gravataí Nilza Mello da Silva.
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