investigação

Namorado fala dos últimos momentos com Débora

Alessandro com a namorada, Débora, vítima fatal de atropelamento na madrugada de 11 de fevereiro passado. Casal traçava planos para o futuro

Não vai ter mais a compra da casa juntos. Não vai mais ter a aquisição de bens, como uma nova moto depois que circunstâncias diversas levaram a que o funcionário de uma empresa de locação de veículos no Aeroporto Salgado Filho tinha, não vai ter mais a felicidade entre os dois. Nem filhos, quem sabe.

Quem lamenta tudo isso muito mais é Alessandro dos Santos Nunes, nascido em Guaíba mas que foi criado pelos pais em uma casa da rua Paquetá, no Parque da Matriz, em Cachoeirinha. Ele era namorado da jovem Débora de Moraes Teixeira, que foi atropelada por uma moto e morreu na madrugada de 11 de fevereiro passado.

O acidente foi na altura da parada 68 da avenida Dorival de Oliveira, quando ela e duas amigas atravessavam a rua e foram colhidas pelo veículo que estava sendo conduzido de forma imprudente segundo o delegado Newton Martins de Souza Filho que responde pela 2ª de Gravataí, onde o caso está sendo investigado.

Alessandro conta que namorava Débora desde 30 de janeiro de 2016, e que chegou a mudar para uma casa na vila Anair, também em Cachoeirinha, para ficar “mais perto” dela, que residia com a família no bairro Granja Esperança. Depois do acidente, voltou para a casa dos pais e está alugando uma casa no Parque da Matriz.

 

Supermercado

 

Débora, além dos pais, tinha mais três irmãs e um irmão. Cerca de 15 dias antes do acidente havia começado a trabalhar em um supermercado, depois de ficar por aproximadamente quatro anos no departamento administrativo-financeiro de uma transportadora da cidade.

Conforme Alessandro, que garante que “a ficha ainda não caiu”, a namorada era uma menina alegre, sempre disposta a ajudar as outras pessoas e de um sorriso cativante.

— Ela estava sempre de bem com a vida. Ela tinha muitos amigos e era uma pessoa com um coração muito bom — afirmou agora à tarde para a reportagem do Seguinte:.

 

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Últimos momentos

 

Alessandro não estava com Débora no exato momento em que ela foi atropelada. E conta que a noite começou em Cachoeirinha, onde o casal, com amigos, fez um lanche e, mais tarde, foi para a Dorival onde sempre encontravam com mais pessoas do círculo de amizade de ambos.

Pouco antes do acidente, ele a deixou com amigos e foi procurar um banheiro na rua lateral. Quando retornava, viu a estranha movimentação de pessoas deixando as imediações por conta da iminente chegada da polícia. Chegou a perguntar o que estava acontecendo, quando foi informado que uma moça havia sido atropelada.

Ele mesmo pensou em achar Débora logo para deixarem o local, para não se envolverem em qualquer tipo de confusão. E admite que não chegou a dar importância ao fato de ter acontecido um atropelamento, porque não imaginou a gravidade do caso e nem quem era a vítima.

Quando chegou mais perto, porém, identificou logo o corpo da namorada jogado no asfalto, próximo ao meio fio do canteiro central. Ele acha que a namorada entrou em óbito no local, embora ainda estivesse respirando quando a ambulância do grupo Anjos do Asfalto chegou, cerca de 40 minutos depois, segundo ele.

 

A notícia

 

Os socorristas não permitiram que Alessandro acompanhasse a vítima até o Hospital Dom João Becker, para onde ela foi levada. E conta que a amiga que acompanhou o transporte disse que tão logo foram fechadas as portas da ambulância, foi colocado um lençol sobre o corpo, indicativo – segundo ele – que ela já estava morta.

Já no hospital as primeiras informações davam conta que ela estava bem. Mas quando chegaram os familiares, cerca das 4h da madrugada, é que foi informado que Débora havia falecido.

— Não quiseram me dizer nada. Esperaram alguém da família chegar — lembrou, nesta quinta (22/3).

 

Numeração

 

Um dado foi revelado por Alessandro ao Seguinte:. Entre as peças da carenagem que ficaram no asfalto e que foram recolhidas e entregues para os policiais, uma tem uma numeração que permitiu a identificação da moto, mostra que provavelmente ela tenha sido pintada e indicou o ano/modelo do veículo.

— É a única coisa que a gente tem e que está norteando o trabalho da polícia. Mas espero sinceramente que esta pessoa seja encontrada e pague pelo que fez. Ele não pode estar dormindo tranquilo de noite depois do que fez, sabendo o que fez…

 

Confira a entrevista de Alessandro dos Santos Nunes, o namorado de Débora, para o Seguinte:.

 

 

 

 

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