Não há data para voltar às aulas presenciais, conforme informou o secretário da Saúde após videoconferência nesta tarde com o Ministério Público de Gravataí.
– Falta muito para apresentarmos uma proposta, que precisa ser igual para redes pública e privada, conforme exigência do MP – disse Jean Torman.
– Não há nenhuma previsão.
Conforme o secretário, técnicos da Secretaria Municipal da Saúde tem reuniões diárias sobre o tema.
– Temos tratado diariamente temas como os efeitos na prevenção em sala de aula, no transporte escolar, na capacidade de atendimento da rede de saúde. É uma decisão que repercute na quase totalidade da população de Gravataí.
Nesta sexta, Prefeitura e MP tem nova reunião online.
No artigo Deu a louca no governador!; Nem covidiotas querem mandar crianças às aulas, aponto para a necessidade pensar “além do primeiro dia” de volta às aulas. Modelo matemático produzido por grupo de especialistas em planejamento da Universidade de Granada alerta que colocar 20 crianças numa sala de aula implica em 808 contatos cruzados em dois dias. Na Espanha, não no Rincão da Madalena ou na Anair. Fosse em Gravataí, seriam 161 mil pessoas na rede de contatos.
Ao fim, como o próprio Jean já confidenciou ontem em A notícia menos pior das 100 vidas perdidas em Gravataí, vai ser difícil achar responsável técnico para atestar a segurança para a volta às aulas antes de uma vacina.
Como sugiro em Por que não é possível voltar às aulas em Gravataí e Cachoeirinha, aos que acreditam que dá para garantir o cumprimento de regras sanitárias por crianças, aplique o ‘teste da purpurina’. É só atirar purpurina em um aluno, que uma sala de aula inteira chegará em casa ‘contaminada’.
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