Ainda pode cair mais, mas já é uma economia significativa para os cofres do município o impacto do ‘pacotaço’ do prefeito Miki Breier (PSB) que corta vantagens agregadas ao salário dos servidores nos últimos anos. A última medida, aprovada quinta passada pelos vereadores, que faz um escalonamento no vale-alimentação, também já tem efeito na folha de março e que vai ser depositada provavelmente amanhã (3/4).
Além da economia estabelecida com as medidas que cortam gastos, ainda vai pingar menos dinheiro nas contas dos funcionários grevistas por causa do desconto dos dias parados – a greve iniciou em 6 de março – por determinação do próprio prefeito com base no que prevê a legislação que regulamenta as greves.
O percentual deste ‘a menos’ não foi informado sob a alegação de que a folha ainda estava sendo gerada agora à tarde. Os números finais, tanto do montante da folha quando da economia e dos valores referentes ao corte dos dias parados só vção ser conhecidos nesta terça-feira, segundo informou ao Seguinte: o secretário municipal da Fazenda, Alex Sandro Branco.
Economia menor
A economia projetada originalmente quando foi redigido o pacote de medidas encaminhado à Câmara de Vereadores lá pelo meio de fevereiro situava-se na faixa dos R$ 2 milhões por mês. Com as alterações feitas a partir de negociações entre o governo e o Sindicato dos Municipários, o impacto das medidas devem representar R$ 1,4 milhão a menos, por mês, no gasto com funcionalismo.
— Uma força-tarefa, por assim dizer, está trabalhando para que possamos fazer o pagamento nesta terça. Legalmente temos até quarta, dia 5, para fazer o depósito, mas vamos tentar aproveitar o ingresso do (receita gerada pelo retorno) ICMS para fazer o pagamento de forma antecipada — anunciou o dono da chave do cofre.
Em fevereiro
Ainda de acordo com o secretário municipal da Fazenda de Cachoeirinha, a folha de fevereiro, paga no começo de março, chegou ao montante de R$ 16.882.755,75, o equivalente à 70,75% da receita nominal do mês, de aproximadamente R$ 23,8 milhões. Em janeiro foi de cerca de 80%.
Já o comprometimento médio nos últimos 12 meses, de acordo com o secretário Alex Branco, ficou em 60,05% sem a inflação, ou 64,59% com a inflação. Os percentuais estão acima do máximo que admite a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 54%, situação que Miki alega como motivadora do pacote.