RAFAEL MARTINELLI

Nova eleição em Cachoeirinha: ‘É agressor culpando a vítima’, diz vereador Almansa, reafirmando ameaças do prefeito Cristian; ‘É a continuidade piorada do governo Miki’

Minutos após publicação do artigo Nova eleição em Cachoeirinha: prefeito Cristian nega ameaças a vereador Almansa; ‘Não é meu perfil. Só pedi para não envolver a família’ o vereador David Almansa (PT) reafirmou ao Seguinte: ter sido ameaçado pelo prefeito Cristian Wasem (MDB) e repetiu o que relatou na 1ª Delegacia de Polícia Civil na noite desta terça-feira.

– É a velha tática do agressor culpar a vítima. É como na violência doméstica: começa com um xingamento, depois um tapa e às vezes chega à morte. Quando a maior autoridade de um município chega num local, truculento, arrasta um vereador para o braço pelo meio da rua e diz palavras ameaçadoras, que sinal dá a seus apoiadores? O mesmo que Bolsonaro dá aos seus. E já vimos onde isso pode chegar – disse, referindo-se à morte de petista por bolsonarista, o que também foi citado na nota de repúdio do PT que reportei em Nova eleição em Cachoeirinha: Vereador Almansa registra ocorrência por suposta ameaça de prefeito Cristian; Nota lembra petista morto por bolsonarista.

Almansa nega ter desrespeitado a primeira-dama, Fabi Medeiros:

– Só falei com ela por mensagens e com questionamentos institucionais. Desafio a tornarem público qualquer desrespeito meu a alguém.

O vereador relata que fez contato com o líder do governo, Otoniel Gomes (MDB), às 5h da manhã, mas não teve retorno:

– O decreto de calamidade fala em reunir voluntários. Eu queria me oferecer. Quando consegui contato com a Defesa Civil, levei casos que tinha verificado em campo, um deles de senhora com sete filhos que perdeu tudo. O coordenador (Vanderlei Marcos) me disse que eu tinha feito o caminho correto e me pediu para enviar por whatsapp outros casos que chegassem a mim. Não tentei furar nenhuma fila.

Almansa diz que passou a tarde no Chico Mendes acompanhando a espera da população. E só fez uma live próximo às 18h, quando telhas e agasalhos não tinham chegado e já escurecia.

– Apenas questionei a demora – disse, criticando o que considera uso político-eleitoral das redes sociais da Prefeitura por Cristian.

– Enquanto pessoas que perderam tudo esperavam telhas, o prefeito, em vez de montar um gabinete de crise e liderar a união de todas as forças da cidade, fazia live e seu apoiador, que filmava, me chamava de politiqueiro no Facebook do município. O clima da eleição suplementar contamina esse governo de amadores e incompetentes, que é uma continuidade piorada do governo Miki – disse, concluindo:

– Nunca ameacei e nem agredi ninguém. Não sou gangster. Violência a gente resolve na justiça. Se tem gente que acha que vai fazer da eleição um bangue-bangue, não aceitaremos.

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