O Seguinte: teve acesso ao Ofício GAB-SPR/GAB-PRES n0 2832/2022 no qual o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luiz Edson Fachin autoriza a realização da nova eleição de Cachoeirinha em 30 de outubro.
Como antecipei em artigos como Nova eleição em Cachoeirinha pode ser no dia da decisão entre Bolsonaro e Lula; O CEP da ‘cidade de bandidos’ e Políticos já trabalham com data da nova eleição de Cachoeirinha; A selva selvágia, será no mesmo dia reservado para o segundo turno das eleições de 2022.
Ainda nesta sexta-feira é possível do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmar a data da eleição; o que precisa fazer até 19 de julho, quando completa 90 dias da cassação do prefeito Miki Breier (PSB) e do vice Maurício Medeiros (MDB) por abuso de poder econômico e político na campanha pela reeleição em 2020.
Siga o documento, que recebi nesta madrugada, mas ainda não foi confirmado pelo TSE, porém por diferentes fontes nas quais confio.
– Mete bala. É oficial! – reproduzo a confirmação de uma.
Abaixo, concluo.
Ao fim, a data de 30 de outubro é/será burla do TSE ao calendário que a própria corte criou. A Portaria nº 685/2021, publicada em 21 de outubro do ano passado, estabeleceu como datas para eleições suplementares em municípios brasileiros em 2022 os dias 23 de janeiro, 13 de fevereiro, 13 de março, 3 de abril, 15 de maio, 5 de junho, 27 de novembro e 11 de dezembro.
Reputo o ‘menos pior’ seria 11 de dezembro.
E insisto: “pobre Cachoeirinha!”. Misturar a escolha do novo prefeito, no CEP que ganhou fama de ‘cidade de bandidos’, com o dia de potencial guerra entre Bolsonaro e Lula, não inspira nada de bom.
Até lá, lembremos ‘Eleito (1990)’, de Millôr:
“Pouco a pouco, surge na linha do horizonte a luz triunfante do novo eleito. Cabeça de touro, corpo vegetal, pés de pato, ainda úmido do suor do parto, ele aspira crescer na selva selvágia. Mas sem mãe (gerado de si próprio), no planalto inóspito, quem o vai alimentar? Quem lhe oferecerá o seio, propriamente dito, pra sustento do corpo, ou simbólico, para a nutrição da alma? Se alguém o fizer, como confiar no alimento, que pode ser uma traição, estar envenenado pela rivalidade política, pela ânsia de outros egos que sabem bem que ele quer ocupar todo, todo, o espaço disponível? Onde, e com quem, aprender os primeiros passos de um balé à beira do abismo? Em que caverna habitar enquanto se ruminam sonhos e devaneios de poder e glória, realização e plenitude, e se espera, e se assume, e se administra o Cargo?”