RAFAEL MARTINELLI

Com o ‘cara’ do Dr. Levi, partido Novo assume uma das principais secretarias no governo Zaffa em Gravataí; Um bilhão de fofocas na aldeia

Régis, de azul, com van Hattem, Levi, Zaffa e amigos na festa de seu aniversário

O secretário da Saúde de Gravataí Régis Fonseca anunciou filiação no Novo, em seu aniversário de 42 anos, ontem, quando recebeu para a festa em sua casa na Paragem Verdes Campos o deputado federal e estrela do partido, Marcel van Hattem, além de seu guru, o vice-prefeito Dr. Levi (sem partido) e o prefeito Luiz Zaffalon (MDB).

Não é um secretário qualquer, e nem apenas uma Secretaria que o Novo assume em Gravataí. Ao fim dos quatro anos do governo Zaffa, Régis terá administrado R$ 1 bilhão, o que hoje corresponde a um orçamento anual do município.

Do ponto de vista político Régis é o ‘cara’ de Levi, o que já provoca furor no meio político da aldeia, já que o vice-prefeito está sem partido e também manifesta o desejo de concorrer à Prefeitura em 2024.

A expectativa reina ainda em relação a Zaffa, que quer disputar a reeleição, mas ainda não tem a confirmação do MDB se o candidato será ele, ou o ex-prefeito Marco Alba.

– É o Régis se filiando no Novo. O Levi fala pelo Levi, o Zaffa pelo Zaffa. Sou governo, temos muitas entregas para fazer e seguirei fazendo de tudo para que nada atrapalhe nosso projeto, que está dando certo – diz Régis, que lembra a amizade com van Hattem, a quem apoiou a candidatura à Câmara Federal em 2018, quando recebeu 6 mil votos em Gravataí.

– O Novo combina com nosso governo. Costumo dizer que Zaffa e Zema tem muito em comum – compara, lembrando o governador do partido em Minas Gerais, Romeu Zema.

Zaffa e Dr. Levi não responderam o contato do Seguinte: até o fechamento deste artigo.

Em PP de Gravataí barra filiação do vice-prefeito Dr. Levi, escrevi:

Levi, que já disse a amigos e políticos que quer concorrer à Prefeitura em 2024, tem encontrado dificuldades para achar um caminho, desde que saiu do Republicanos, como tratei em O ‘código-fonte’ da desfiliação do vice-prefeito Dr. Levi do Republicanos de Gravataí.

O vice-prefeito não conseguiu voltar ao partido da Igreja Universal do Reino de Deus e ao MDB. Também não avançou a tentativa de ser filiado ‘por cima’ no PL, como analisei em Dr. Levi lançado a prefeito de Gravataí por Bibo Nunes é ‘queimação’.

O Novo resta uma alternativa para a candidatura, principalmente agora que o partido, fundado em 2011, aprovou por 85% começar a usar pela primeira vez, para fazer política, o fundo partidário e eleitoral.

Lembrou-me Millôr e sua “fofoca você deve espalhar logo, porque pode ser mentira”: os movimentos de Dr. Levi também são acompanhados pelos que apostam em uma disputa entre o prefeito Luiz Zaffalon (MDB) e o ex-prefeito Marco Alba (MDB) pela Prefeitura de Gravataí, o que tratei ainda hoje em Crise na Educação de Gravataí: Após demissão de secretária e principal diretor, Fernanda Fraga é nomeada interina; A Terça-Feira Santa de Zaffa e Marco Alba, ontem em Zaffa demite secretária e principal gestor da Educação de Gravataí desde o governo Marco Alba; O que interessa aos políticos é ‘Jack Lemmon e Walter Matthau’ e ainda antes em  As ‘chaves da cidade’ nas mãos de Zaffa e Marco Alba em Gravataí; A sucessão e Sucessão em Gravataí: problema não é entre Zaffa e Marco Alba por candidatura a prefeito. Pode ser Dr. Levi; O biquíni da eleição.

Dr. Levi é Zaffa.

Sigo hoje.

Aguardemos.

Fofoca e – entre interessados e interesseiros – torcida para o bem e para o mal, e vice-versa, seja qual for o vice e o versa, não faltam: Zaffa no MDB com Marco apoiando a reeleição de Zaffa, Zaffa apoiando a volta de Marco, Zaffa no PP, Levi de volta no Republicanos… Certeza apenas que o 2023 da política na aldeia não resta nada sacal – tanto para governistas, quanto oposicionistas.

Ao fim, vamos novamente de Millôr?

“Se você não atravessar a rua, dificilmente será atropelado; se não entrar num avião, é quase impossível que um avião lhe caia em cima; se evitar correntes de ar, terá menos resfriados; se não prevaricar, manterá mais firmemente a harmonia do lar; se não beber, cometerá menos desatinos; se gastar menos do que ganha, terá sempre uma reserva para os dias difíceis. O preço da segurança é o eterno saco”.

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