Ela tinha o livro de São Cipriano
E assistia séries de culinária democrática vegana
Cantava numa banda indie que parecia Gang of Four
Seus gatos tinham nomes de dominatrix
E seu amor era o de um sistema solar inteiro
Dançava pelo apartamento ao som da água fervendo
Seu apelido era felicidade para todas as idades
E nunca mais a vimos.
Achamos seus coturnos com arte tipo Pollock
Em frente ao seu prédio
Onde pessoas estranhas rondam agora
Falando em mitos e negando o colapso da saúde
Que enfrentamos
Essas pessoas que tem todas a mesma cara
Embaixo de seus bonés–dentro de suas túnicas
Dizem não saber de nada
Mas que foi merecido.
Assista ao vídeo-poema Eu me monto para te amar