oi, filho

O Brasil que eu quero para o meu filho

Quando a gente vira pai parece que todos os “eus” viram “ele”. Todos os “meus” viram “dele” o todos os “para mim” são transformados em “para ele”. Quando eu ouço o pessoal da Globo perguntando sobre o Brasil que eu quero para o futuro fico corrigindo mentalmente “qual o Brasil que eu quero para o meu filho”. Esse momento, meus queridos, em que a gente sonha coisas para nossos filhos ao invés de sonharmos para nós próprios não se trata de caridade, benevolência ou altruísmo. Quando um filho nasce a nossa ficha cai de vez: o meu futuro já chegou, o que importa é o futuro dele.

Eu diria que chega a ser uma irresponsabilidade ter um filho neste momento tão delicado que estamos enfrentando. Outro dia li que uma conhecida foi assaltada e agradeceu os ladrões por não ter machucado ela. Oi?! Que ponto chegamos! Na política a coisa está tão esculhambada que eu tenho pena dos historiadores. Como é que vão contar o que está acontecendo para a molecada através dos livros se ninguém se entende? Já imaginou que caos uma aula de história daqui a dez anos?

– Professora, minha mãe disse que foi golpe! – diz a Mariazinha.

– Não foi não sua petralha – retruca o Antônio.

E pronto, a maionese já desandou.

Isso sem falar em educação, sem falar em emprego que não vai mais existir. Onze anos na escola, mais quatro de faculdade, fora cursinhos e capacitações, sem nem mencionar uma pós-graduação… para que? Para catar freela no facebook para conseguir pagar a conta de internet no final do mês?

Se esforçar para comprar uma casa para quê? Para pagar uma mensalidade em 20 anos, mais IPTU e condomínio? Comprar um carro para pagar IPVA, seguro, GA-SO-LI-NA, mecânico… Tudo isso com qual dinheiro se nem emprego de carteira assinada vai existir mais?

Quero lembrar aos amigos que quem escreve esta coluna é o Vinicius, a criatura mais sonhadora e otimista que talvez você já tenha conhecido. E eu queria, de verdade, que as nossas crianças pudessem voltar a brincar nas ruas, ir no mercado de bike, jogar taco, esconde-esconde, pega-pega… Que os pais parem de ser aterrorizados com fake news sobre seqüestro de crianças para tudo quanto é lado E QUE REALMENTE PARE DE ACONTECER SEQUESTROS DE CRIANÇAS PARA TUDO QUANTO É LADO. Queria um futuro onde as crianças vejam cordialidade, amor ao próximo, gentileza no trânsito. Onde elas aprendam a dar lugar para os idosos na fila do mercado, a devolver o troco da padaria que veio errado, a confiar nos pais, e somente nos pais.

O Brasil que eu quero para o futuro do meu filho é um lugar mais pacífico, tranqüilo… Onde as pessoas voltem a confiar em quem nos governa e que o voto volte a ser algo sagrado, respeitado e útil acima de tudo.

Quando eu era pequeno, lembro de ler no Diário Gaúcho que: a rainha do baixinhos era gaúcha, o maior craque dos gramados era gaúcho (Ronaldinho na época) e que a rainha das passarelas também era daqui, a Gisele. Textinho bem bairrista, mas que encheu a criança Vinicius de orgulho.

Que tudo isso volte um dia.

Para o bem da nossa alma, e o bom futuro de nossas crianças.

Amém? Amém!

 

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