Rodrigo Pacheco é o cara que pode substituir Eduardo Leite e todos os outros juntos nos esforços da direita para produzir a terceira via jovem, fora do catálogo de sempre.
Mas há um problema e não é pequeno. Pacheco engavetou o pedido da CPI do Genocídio e só instalou a comissão sob ordens do Supremo.
O senador tem a semelhança física e o tom de voz de um Collor, mas está mais para o Affif Domingos de 1989.
Pacheco não chega a ser um chuchu, mas hoje seria no máximo um brócolis da direita.
Como Bolsonaro não faz nada e quem governa é o Congresso, Pacheco disputa com Arthur Lira, aos olhos do mercado, a condição de herói do liberalismo.
Pacheco está ganhando pista e precisa apenas de uma aposta da Globo, que ainda não abandonou Eduardo Leite.
O AGRICULTOR REAÇA
Um agricultor gaúcho médio, com um bom pedaço de terra e vocação para a acumulação a qualquer custo (inclusive o custo do dano ao ambiente), pensa como todos os agricultores, principalmente os latifundiários, sobre Bolsonaro, a China, o anticomunismo e o antilulismo.
Os plantadores de soja, mesmo os pequenos, com as exceções de sempre, acham que Bolsonaro bate na China e a China compra soja do Brasil porque gosta de apanhar.
Um agricultor reacionário, ou seja, a grande maioria deles, não teme que os chineses busquem outras alternativas no longo prazo, por achar que não há outra alternativa.
O agricultor reaça é igual ao comerciante ligado à extrema direita, como o véio da Havan, que vende bagulhos da China, mas odeia a China.
A GOLPISTA PRIVILEGIADA
A prisão da golpista Jeanine Añez continua criando situações únicas na Bolívia. Há revolta das presas da cadeia de Miraflores, onde ela está encarcerada desde março, por causa das regalias concedidas a ex-senadora.
Jeanine tem direito a acompanhante, algo nunca visto em lugar algum, e a visitas de um psicólogo e de um nutricionista.
As 54 presas que não têm nada do que é concedido a Jeanine fizeram protesto com gritos e bateção de tampas de latas de lixo no pátio da prisão.
No Presídio de São Pedro, os detentos também foram para o pátio e bateram tambores pelos mesmos motivos.
Os presos levavam cartazes e gritavam: Añez assassina e Añez ladrona.
Os jornais da direita boliviana continuam anunciando todos os dias que a golpista pode morrer na cadeia a qualquer momento, apesar do tratamento vip.
Assista vídeos dos protestos