O ex-vice-governador, ex-ministro e ex-deputado Miguel Rossetto envia artigo para o Seguinte:.
O Boletim Desigualdades nas Metrópoles publicado em julho, revelou que em 12 meses, 280 mil pessoas entraram para a pobreza na Grande Porto Alegre. É como se em um ano, toda a população de Gravataí fosse jogada na pobreza.
Hoje 1,1 milhão de pessoas, 28% da população da região, vivem na pobreza com renda familiar menor que R$ 260 por mês! É assustador, mas somos a 2ª região metropolitana onde a pobreza mais cresceu no Brasil e a mais desigual da região Sul. No RS, 640 mil pessoas estão desempregadas.
A péssima gestão da pandemia pelo governo Bolsonaro agravou o baixo crescimento e o alto desemprego. O Brasil já diz que quer mudar. Será preciso reconstruí-lo a partir de uma política econômica voltada para o crescimento com emprego e renda para todos e preservação ambiental.
Gravataí, Cachoerinha, Viamão e Alvorada devem se preparar para o novo ciclo. A região já superou outras crises e possui uma importante organização comunitária, sindical, empresarial e COREDES com boa experiência. É preciso atuar em conjunto e, para isso, é indispensável unir prefeituras, entidades e comunidades de todos os municípios para planejar e executar políticas públicas que beneficiem todos.
As regiões vitoriosas no mundo fizeram isso e organizaram uma governança forte a partir de consórcios e agências regionais de desenvolvimento. Qualificaram a aplicação dos recursos próprios, aumentaram seu poder junto aos governos estaduais e nacional e a população ganhou qualidade de vida. É preciso abraçar com dedicação e entusiasmo esta agenda.