LANÇAMENTO

“O Campeão da Vida” conta história do gravataiense Régis Jr., afastado do futebol após ser agredido em campo

Ex-jogador Régis Jr. e jornalista Luiz Fernando Aquino

O livro “O Campeão da Vida”, editado pela MelhorPubli — Publicações Especiais, que será lançado na 70ª Feira do Livro de Porto Alegre, conta o drama vivido pelo gravatiense Régis Thadeu da Rosa Júnior, jogador de futebol recém-contratado do Inter pelo Caxias, afastado para sempre dos campos de futebol, aos 21 anos, depois de ter sido covardemente agredido em um jogo contra o Santo Ângelo, em 13 de novembro de 1999, na cidade de mesmo nome.

Júnior esteve entre a vida e a morte. Ficou 20 dias internado na UTI e seguiria em coma durante um mês. Levado para casa, em Gravataí, ainda em coma vigil, teve de reaprender a andar e a falar.

Durante a internação, um médico comunicou aos familiares que Júnior iria morrer. Outro disse aos pais para que esquecessem o filho que tinham até ali, em razão das graves sequelas que ficariam. Júnior, porém, surpreendeu todo mundo. Com a mesma dedicação com que perseguiu o sonho de ser jogador profissional de futebol, teve uma recuperação que o colocou, de novo, com autonomia de vida. Formou-se em Educação Física, casou-se e é pai de uma linda menina.

Esta história, que tem violência, raiva, dor, arrependimento, medo e indignação, não se trata tão-somente de uma história triste, porque é tangenciada pelo que de mais sublime a espécie humana pode deixar como legado de transformação, o amor. Desde os primeiros dias neste mundo, ainda no berço do hospital, quando o pai “viu” que o filho era canhoto e que, por isso, se chamaria Rivelino, Júnior teve a sua vida atravessada pelo futebol.

Júnior, o personagem do livro, ainda que tivesse o seu sonho tragicamente roubado, é a tradução perfeita do perdão. Abraçou e consolou o seu agressor, Darzoni da Silva Pillar, que também teve sua carreira prejudicada, por conta do que ele chamou de “um ato de brabeza”. A única injustiça reclamada por Júnior é com a decisão da Justiça, condenando o clube do agressor e lhe pagar indenização, que desde 2012 espera por efeito prático — que muito dificilmente terá.

O livro é resultado de um trabalho de reportagem de quase dez anos, de autoria do jornalista Luiz Fernando Aquino, ex-secretário de Comunicação de Gravataí e hoje morador de Viamão, e do comunicólogo Fernando Jesus da Rocha, gravatiense radicado em Portugal, relatando o que aconteceu com a vida dos principais envolvidos. O final é comovente — um novo desafio se apresenta para a família.

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