– Como já fiz outras vezes, desafio Daniel Bordignon a debater onde ele quiser sobre as finanças de Gravataí.
É o ‘te pego lá fora’ que propôs agora há pouco o ex-prefeito Sérgio Stasinski, em resposta às críticas do ex-prefeito publicadas ontem no Seguinte: sobre a suposta dívida deixada por sua gestão entre os anos de 2005 e 2008.
– Quando assumi, a dívida correspondia a 110% do orçamento. Entreguei com 87%. Foi uma redução de 6% ao ano – argumenta o hoje presidente do PV da aldeia usando como base dados oficiais do Tribunal de Contas do Estado (TCE) “que ao fim da gestão aprovou o equilíbrio das contas”.
– Prova de que tínhamos todas as certidões negativas de débitos necessárias foi que contratamos as obras do PAC Barnabé. Depois do meu governo, somente o governo Marco Alba (PMDB) conseguiu isso – observa, citando o candidato que apóia à reeleição, e lamentando que o governo da sucessora Rita Sanco (PT), “comandado por Bordignon, jogou tudo no lixo”.
– Ao contrário do que é dito pelos mentirosos e difamadores, meu governo fez obras e diminuiu o endividamento – diz, acusando Bordignon de deixar para ele “uma bomba armada”.
Stasinski, que de um início de relação onde era chamado de ‘sombra’ de Bordignon se tornou supersecretário, vice-prefeito, deputado estadual e prefeito, até o rompimento quando o ex-prefeito barrou sua reeleição, aponta como responsável pelo rombo nas contas da Prefeitura um reajuste dado ao funcionalismo no último ano do governo daquele a quem por muito tempo chamou ‘professor’.
– Ele deu um aumento escalonado de 43%, com as duas últimas parcelas pagas em novembro e dezembro de 2004, impactando de forma danosa no orçamento de 2005 – argumenta, lembrando que no período a inflação era baixa e o reajuste caiu pesado sobre a folha mensal de R$ 7 milhões.
O hoje assessor da Casa Civil do governo Sartori também faz um alerta sobre o trecho da entrevista onde Bordignon diz ter fechado o mandato com superávit, arrecadando R$ 9 milhões a mais do que gastou.
– Isso foi feito a custa do estorno de empenhos de serviços, obras realizadas, obras feitas parcialmente e outras obras sobre as quais não se sabe.
– Foi isso que o prefeito bonzinho deixou para o sucessor pagar – ironiza Sérgio Stasinski.
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