Luciano Vignoli é o destaque dessa semana, por sua sabedoria, seu alcance de enxergar as necessidades estratégicas de seus clientes. Luciano dirige uma empresa há mais de 30 anos com braço firme, coerência e motivação constante para obter sempre resultados positivos.
“Meu interesse está no futuro. Afinal, é lá que vou passar o resto dos meus dias…”
Essa frase bem que poderia ser minha, mas infelizmente é atribuída a George Bernard Shaw.
Anyway, define muito bem o que penso e como procuro agir.
Não sou muito chegado a reminiscências, nostalgia, essas coisas. Não é sem algum constrangimento, portanto, que aceitei escrever esse texto.
O máximo que me permito em termos de suspiros saudosos é pelos cruzamentos do Valdomiro, pelo andar elegante de área a área do Falcão, pela imposição vitoriosa do Figueroa. Ou do Fernandão. Bah…
Ah, sim, sou colorado e publicitário desde sempre. Nunca me defini por outra profissão. E, claro, nem por outra paixão.
Desde meus tempos de Colégio de Aplicação, naqueles caderninhos de lembrança que as colegas passavam de mão em mão, eu não respondia: Inter. Rock. Publicitário.
Passei por outras experiências (Engenharia Civil, Relações Públicas, Administração de Empresas, Administração Pública) e encerro esta questão: Sou publicitário.
Quando dava aulas na PUC (Planejamento; Administração de Agências;) sempre tentei alargar os limites de nossa profissão, e extrair de cada aluno o máximo em paixão do publicitário potencial que estava ali. Nem todos trabalhariam em agências – eu meio que profetizava que não haveria espaço para todos – mas enaltecia nossa formação ligada a uma visão ampliada de gestão de negócios. Mas eu envaidecidamente sugeria que sempre, para sempre, deveriam se considerar publicitários.
Publicitários convictos de que nossa profissão é sagrada, rica, evolucionista, é uma profissão que muda a realidade da economia, que move empresas, que gera riquezas, que gera empregos, impostos, que cria valor.
Em verdade, talvez seja a publicidade um dos negócios que mais se adaptou a evolução deles mesmos, os negócios, nos últimos 100 anos.
Nos transformamos de um corretor de espaços em um especialista multimídia;
De uma companhia confidente de happy hours, em um especialista em negócios;
De um artista, a um criador multiplataforma;
De um redator, em um mestre em storytelling;
De um gerador de insights pessoais, em um grande planejamento;
De portadores de gravatas coloridas, a um profissional com visão do mundo;
De um leitor de revistas, a um pesquisador múltiplo;
De um comprador de mídia, a um integrador de conexões;
De um fazedor de peças, em um criador de valor;
De um buscador de prêmios a um gerador de cases;
De uma atividade artesanal e heroica àquela que é a mais estimuladora das atividades, a atividade que multiplica energias e recursos, que transfere força e velocidade à cadeia de valor dos anunciantes.
De uma atividade secundária a um papel estratégico no mundo caótico, hipercompetitivo, multifacetado e multitemporal de hoje.
Aqui, aproveito o espaço do Nenê, sempre gentil conosco, para propor do alto destas pirâmides virtuais:
No pasarán!
Nós, agências, não vamos morrer.
Nunca.
Ou, pelo menos, por enquanto…
Comecei a e21 com 20 anos, há 32 anos. Tive a colaboração de vários sócios que deixaram suas marcas e escreveram capítulos importantes de nossa evolução de sermos efetivos parceiros de nossos clientes.
Profissionais, neste tempo todo? Milhares, talvez. Pessoas que entenderam (ou não) que nossa ‘Employee Value Proposition’ é gerar oportunidades profissionais para quem aqui trabalha. Muitos entenderam, cresceram, se desenvolveram e aqui galgaram posições. Outros, entenderam que o melhor estava fora da agência. É da vida…
Nesses anos todos, ajudamos muitas empresas a crescerem, ganharem posições de mercado, ganharem muito, muito dinheiro.
Ganhamos prêmios, sim, bastante, e daí?
No exercício maluco de sempre tentar focar no futuro, cometemos erros: Em determinado momento, a agência quase virou uma consultoria de negócios – o que hoje é bem moderno, vejam a ironia – mas também acertamos bastante: Apostamos num modelo que denominamos de Multicomunicação – com o foco na integração de todo o branding ao longo da Cadeia de Valor – que na época desprezava a verdade onipresente de que nosso papel era o de criar e veicular.
Isso, hoje em dia, com a fragmentação de mídia, com a atomização da verba do cliente, com a digitalização de tudo, com a lógica de medir, medir, medir, para entregar resultados consistentes, nos deixa à vontade para assumir uma postura consultiva integradora de tecnologias, dados e conteúdo.
E para encarar o futuro olhos nos olhos.
Fácil? Nem um pouco!
Mas, tenho uma filha nadadora. Ela treina, por vezes 10/12 mil metros por dia para tentar baixar décimos de segundo? Fácil?
Tenho uma esposa psicóloga que me acompanha há quase 30 anos nessa luta. Fácil conciliar?
Se tivesse que me definir, sou um curioso, na essência:
Viajo 2 a 3 vezes por ano ao mundo atrás de tendências desse nosso negócio (agora em março, mesmo viajo a Los Angeles para o #Transformation (bom título, não?) que é o encontro das agências americanas). Ao Ojo de Iberoamerica, vou há 8 edições seguidas. 4As Strategy Festival, 2 vezes. No falecido Planning-Ness, 2 vezes, também. Isso tudo entre uma especialização em Franchising e váááários eventos ligados à vendas e operações comerciais.
Viajo atrás de referências, também. Ano passado fui a Memphis e Nashville atrás da essência histórica do Rock. E a Lynchbourg, atrás da essência Jack Daniels.
Viajo o mundo atrás de experiências com vinhos (tenho uma confraria que se reúne aos berros para discutir o tema, há 12 anos).
Viajo nos livros e nos sites.
Viajo toda a semana a São Paulo, onde a e21 atende à Basf, à DOW, à Votorantim Cimentos, ao Banco PAN, à Vignis, à Salton, à Kepler Weber, entre outros clientes de Jobs.
Viajo seguidamente à Santa Catarina, onde atendemos à Brandili, há 15 anos.
Viajo aqui nas estradas pardalizadas gaúchas, onde atendemos à Kildare, à AGCO-Massey, ao CAU/RS, à Instamed, o que consideramos bem poucos clientes, infelizmente. Mas estamos viajando bastante em busca de mais.
Viajo numa palestra legal (assisto a umas 5 ou 6, das boas, por ano).
Viajo nos cerca de 50 livros que leio a cada 12 meses;
Viajo num grande blues de Jimi Hendrix; Viajo em Summertime extraído da alma da Janis Joplin; Viajo melancolicamente em The End, com Jim Morrison mais que sombrio; Viajo em ‘Are you Lonesome Tonight’, com Elvis e seu absurdo patamar de 2 bilhões de discos vendidos.
Esses quatro – por enquanto – decorarão a nova sede da e21 que inauguraremos esse mês.
Um lugar com a forma de servir de inspiração total para os novos tempos.
É uma sede que mescla a busca da genialidade permanente com a volatilidade de hoje.
Um lugar que transpirará a sabedoria do “e”.
e21.
Estratégia e criatividade.
On e Off.
Passado e Futuro.
Que é onde, aliás, passarei meus próximos dias.
OPINIÃO
Um nome
A liderança é um atributo imprescindível para obter o sucesso no mundo dos negócios e artigo mais do que necessário para fazer acontecer no universo político. Ocorre que enquanto sobram exemplos de lideranças frutíferas entre empresários e executivos, é quase impossível encontrar alguém que sirva como modelo de líder entre os nomes da política brasileira.
Importantes mudanças passaram a balizar as frentes social e política. Uma nova consciência se instalou no meio de muitas sociedades. Partidos tradicionais, nascidos e desenvolvidos a partir de discursos assentados em eixos doutrinários, perderam substância com o declínio das ideologias e a extinção das divisões partidárias, amparadas no antagonismo de classes. A expansão econômica e a diminuição do emprego no setor secundário em proveito do setor terciário enfraqueceram as estruturas de mobilização e negociação. Novos movimentos se formaram e os grupamentos corporativos cresceram na esteira de uma micropolítica voltada para a defesa pragmática de setores, regiões e comunidades.
Nessa moldura, a democracia representativa passou a ser também exercida pelo universo de entidades intermediárias, com forte prejuízo para a instituição política tradicional. Não é à toa que os nomes de candidatos prevalecem sobre partidos.
Emergem, nesse cenário, lideranças menos carismáticas, mais técnicas, com preocupações estratégicas que se repartem em algumas esferas: a estabilização macroeconômica; os programas de desenvolvimento os ajustes fiscais; as redes de proteção social e políticas públicas de saúde, de educação e segurança. Nos últimos tempos, o combate à corrupção assumiu prioridade. São três anos de muitas ameaças, de muitos processos, de muitas delações e de poucas, mas muito poucas decisões que nos levem a termos uma nova nação.
Nesse terreno não temos e não se desenvolvem mais líderes carismáticos e populares. Por aqui, Lula é o último líder de massas de um ciclo que se esgota com a intensificação da crise política. Um ser em extinção que luta pelo passado e suas mazelas, mais seus inúmeros problemas.
Desaparecendo o formato carismático e populista, teremos de conviver com grupos de políticos treinados nas artimanhas da articulação e dos entreveros partidários. Os brasileiros começam a não enxergar mais aquela aura que envolvia seus ícones e heróis, o líder glorificado, admirado por todos. Não há mais quadros que mereçam a admiração e o engajamento entusiasmado. Tudo é pessoal e muito em favor dos seus bolsos e dos seus protegidos.
Ao atuar na base do ‘quanto pior, melhor’ o político mostrou que está agindo por interesses pessoais. Neste caso, sua meta é tornar o mandato do seu oponente ingovernável, de olho numa eleição para não realizar nada.
Precisamos de uma geração nova. Precisamos de um novo modelo. Precisamos fazer a cabeça do povo que o novo vai fazer a diferença.
ENTRE, ZECA E AMA
No final do ano, fui procurado por políticos ligados ao novo governo municipal que assumiu em janeiro na capital. Na pauta, a preocupação deles com o carnaval de Porto Alegre, especificamente com os desfiles das Escolas de Samba. O cenário era desanimador para a Liga das Escolas. O contrato com a RBS TV estava encerrado e a nova gestão na prefeitura mandava o recado: em 2017 não teria dinheiro publico para o carnaval. Mas eu aceitei o desafio, pois vi ali uma oportunidade prática de consolidar um outro business. Nascia assim, a toque de caixa e já com um grande cliente, a ENTRE, o braço de entretenimento da AMA. Em um mês, conseguimos uma nova e grande emissora (que será divulgada na semana que vem) e conseguimos 3 grandes patrocinadores. Até os naming rights do evento estão em jogo e podem surgir novidades em breve. Os desfiles este ano acontecem fora de época durante a Semana de Porto Alegre: 23, 24 e 25 de março. E prometo: até abril, vou anunciar grandes novidades tanto na agência quanto na Entre.
90 ANOS
O início de tudo. A paixão de Mauricio Sirotsky. A visão de um homem simples e desbravador. A coragem dele e de sua esposa Ione fizeram da Rádio Gaúcha o maior grupo de comunicação do Sul do País, o Grupo RBS.
São 90 anos de uma rádio que se inventa todos os dias. Que está presente em todas as plataformas. Que possui um elenco de técnicos, repórteres, locutores, comentaristas cobiçados e excelentes. Que lidera a audiência em todas as pesquisas. Que tem no seu quadro de anunciantes 500 empresas de todos os portes. Um orgulho e uma marca que faz o mundo ouvir.
INFORMAÇÃO
Circula com muita insistência no mercado o fechamento de uma agência de porte médio. Não conseguimos confirmar, pois os seus representantes legais não atendem.
SAÍDA
Paulo Trindade, executivo de Contas da Rádio Gaúcha, completou seu ciclo com muita competência e trabalho e está de saída para novos e promissores rumos. Temos certeza que assim será.
MAIS
O grupo que usa ‘Mais’ e fez uma transformação nas suas cores, nos seus prédios, nos seus interiores, na sua marca, não está comunicando mais. Por que não pode mais? Por que passou de mais da conta? Ou por quê?
ENCRENCOU
Depois de muito tempo atuando no mercado gaúcho e com vários sócios locais (foram cinco, depois três, depois um, depois ninguém) a Elemidia, que opera com suas telas com informações e publicidade em elevadores e que teve sua venda feita para a Abril há mais de dois anos, não tem mais escritório em Porto Alegre. Quem passou por último não conseguiu arrumar a casa de tanta coisa, nada normal, que aconteceu. Faz 45 dias que isso se passou e o mercado está a espera de uma solução.
O FIM
O maior jornal de circulação do Paraná, que chegou a tirar 100 mil exemplares nas edições dominicais, e que era benchmarketing para muitos outros jornais, principalmente do sul do Brasil, A Gazeta do Povo, prepara-se para encerrar suas atividades. Os entendidos e os que fizeram e construíram o jornal, dizem que foram os marqueteiros e a juniorização que mataram um grande orgulho do Jornalismo.
SBT
Um programa de entrevistas em que o convidado, embriagado, narrará algum episódio histórico do País. Essa é a tônica do Drunk History Brasil – O Lado Embriagado da História, que marca a primeira parceria entre o SBT e o canal Comedy Central, da Viacom. A atração é uma adaptação de um formato internacional e será comandada por Danilo Gentili, sendo exibida no The Noite, programa do apresentador na emissora. Em uma segunda janela, o programa também será exibido pelo Comedy Central. As gravações terão início nos próximos dias. A Mixer é a produtora responsável pela atração.
O CULTO
A volta de Nizan a DM9, que ele não quer mais dizer DBB, foi uma homenagem a Iemanjá no dia 2 de fevereiro, para fazer tudo novo, o novo. Discursou, gritou, bateu palmas, falou em digital, em compromisso em salvar a DM9 que não precisa, mas ele voltou. Falou em Guga Valente, em Marcello Serpa, em Alexandre Gama, que fizeram com ele a agência. Do Icatú que segurou as broncas financeiras. Da união de todas as agências ABC num prédio só. Disse que agora, como conselheiro do Facebook, tudo dele vai pro Face para ser visto pelo mundo. O homem realmente é um showman e tem uma ‘fala Bahiana’ que convence o mundo.
NRF
Acontece nessa próxima segunda-feira, 13, na Casa Destemperados, às 18 horas mais uma edição do Report NRF, promovido pelo Hub 77.
CONDENAÇÃO
O Facebook, dono da fabricante de óculos de realidade virtual Oculus Rift, foi condenado nos Estados Unidos a pagar US$ 500 milhões em um processo onde é acusado de roubar uma parte da tecnologia desenvolvida pela empresa ZeniMax.
No pedido original, a empresa pedia uma indenização de US$ 4 bilhões sob a alegação de que a Oculus havia roubado informações de marketing e tinha se apropriado de material protegido por direitos autorais.
A ZeniMax processou a Oculus, o Facebook e os líderes John Carmack e Palmer Luckey por divulgados dados sigilosos, após Carmack deixar a empresa para trabalhar na Oculus.
O júri considerou que o Facebook não roubou segredos comerciais e Carmack e Palmer foram liberados desta acusação mais séria. No entanto, deu a condenação a Palmer por infringir regras de copywright e divulgado termos confidenciais que ele detinha com a ZeniMax. Representantes da Oculus informaram à rede de TV NBC que vão recorrer da decisão.
“O objetivo central deste caso era discutir se a Oculus havia roubado segredos industriais da Zenimax, e o júri decidiu a nosso favor. Obviamente, estamos desapontados com alguns aspectos do veredito, mas continuamos confiantes. Os produtos Oculus são desenvolvidos com tecnologia da Oculus. Continuamos comprometidos com o sucesso da realidade virtual em longo prazo, e todo nosso time continuará trabalhando para desenvolver uma tecnologia de realidade virtual que vai transformar a forma como as pessoas interagem e se comunicam. Vamos recorrer da decisão e queremos deixar para trás essa disputa judicial o quanto antes”, afirmou o porta-voz da Oculus em comunicado.
O Facebook comprou a Oculus por quase US$ 3 bilhões no começo de 2014, dando início a um boom de interesse e entusiasmo com a realidade virtual. O processo foi aberto pela Zenimax em 2014.
OUTDOOR SOCIAL
O projeto Outdoor Social, criado há cinco anos, já beneficiou mais de três mil moradores de comunidades em todo o País. Ao todo, foram gerados mais de R$ 2 milhões em renda. A meta é conseguir que as ações do projeto representem um acréscimo de 20% na renda anual dos moradores que integram a rede já em 2018.
Filiado ao Instituto Ethos, o Outdoor Social está presente em quase 11 mil pontos, em 23 estados e no Distrito Federal, com uma equipe integrada por 25 mil pessoas. Recentemente, o projeto passou a contar com um time próprio de comercialização também em São Paulo, a exemplo do que já acontecia no Rio de Janeiro e em Brasília, com a expectativa de obter um crescimento de 80% nos negócios gerados diretamente a partir da capital paulista.
À medida que cresce e incluem mais comunidades, o Outdoor Social vem investindo ainda mais em treinamento e capacitação, visando à formação de um instituto de pesquisas, com a divulgação de dados por região. “A partir das pesquisas vamos conhecer mais a fundo as preferências, o comportamento de compra e a distribuição de produtos de consumo diário nos territórios populares onde atuamos”, afirma Emília Rabello, fundadora do Outdoor Social. A meta final é apresentar soluções completas de comunicação a empresas e órgãos públicos que querem atingir o público da periferia, mantendo o foco na economia positiva, sustentada em geração de renda e integração. Além do instituto, a idealizadora do Outdoor Social trabalha na criação de uma Escola de Comunicação Popular para oferecer cursos de capacitação para microempreendedores e comerciantes que atuam nas comunidades.
O Outdoor Social nasceu com o objetivo de levar campanhas publicitárias às comunidades, aumentar a renda dos moradores e gerar um forte impacto social. Segundo Emília Rabello, diversas empresas no exterior já adotaram um modelo de negócio que gera impacto social. Há vários casos de sucesso como o iogurte criado em 2006 pela Danone em conjunto com o grupo Grameen, com o objetivo de combater a desnutrição em Bangladesh. O iogurte é enriquecido com vitaminas e minerais e deve ser ingerido duas vezes por semana ao longo de um ano. A Grameen Danone foi estruturada para oferecer um produto de valor nutricional elevado, criar empregos e proteger o meio ambiente. A canadense McCain é outro ótimo exemplo. A empresa é socialmente e ambientalmente responsável, assim como holandesa Tony’s que fabrica chocolate com a garantia de não utilizar trabalho escravo e nem contratar fornecedores que usam.
Pioneiro no Brasil, o Outdoor Social é um projeto empreendedor que atua nas comunidades oferecendo soluções criativas, melhorando a vida dos moradores e reduzindo a desigualdade social. Segundo Rodrigo Mendes, da Deloitte, que trabalha com Consultoria estratégica de risco, esse modelo de projeto será tendência no Brasil nos próximos cinco anos. A proposta do Outdoor Social é incluir os agentes das comunidades no processo de comunicação e marketing, atuando como planejadores de mídia, exibidores e receptores diretos das mensagens publicitárias. Uma ligação direta entre empresas e consumidores, minimizando a concorrência de outros estímulos de comunicação. Anualmente, mais de 1 trilhão de reais são movimentados pela classe C e R$ 56 bilhões circulam nas comunidades e periferias do País, formando um mercado consumidor que, apesar da crise econômica, está em franca expansão.
O Outdoor Social integra estratégias de negócios de empresas de diferentes setores que aderem ao projeto para se comunicar com esse mercado. Os grupos empresariais que identificam esse potencial conseguem sair na frente, apresentando marcas e produtos em áreas com enorme potencial de consumo. A partir da chegada do Outdoor Social, residências e estabelecimentos comerciais são transformados em pontos de fixação para placas publicitárias. “Ao invés da publicidade ser colocada em ônibus e bancas de jornais, nós afixamos as placas em casas e lojas, transformando o público alvo em influenciador e comunicador. Assim, conseguimos humanizar a mensagem e levá-la a pessoas que passam a integrar o sistema como um todo”, explica Emília Rabello.
A estrutura de negócio do Outdoor Social começa pelo coordenador comunitário. São pessoas que conhecem bem as comunidades e que têm como funções a seleção e a supervisão dos moradores que terão as placas instaladas em suas residências ou negócios. O Outdoor Social conta com uma rede nacional que permite a exibição da publicidade em territórios populares, a partir de estratégias de comunicação em acordo com os perfis dos produtos, marcas e serviços. “Nós trabalhamos com residências de pedreiros ou marceneiros, por exemplo, tendem a receber anúncios de materiais de construção. As casas onde vivem pessoas que lidam com alimentos e bebidas recebem placas de empresas da indústria alimentícia. Da mesma forma, as moradias de integrantes do segmento de beleza recebem campanhas de produtos nessa linha. Essas pessoas são influenciadores poderosos”, explica a empreendedora.
SAÍDA
A Leo Burnett Tailor Made oficializou a saída de seu chairman Paulo Giovanni. Na nova estrutura do comando da agência, os copresidentes Marcelo Reis e Marcio Toscani passam a ocupar também respectivamente os cargos de CCO e COO, se reportando diretamente ao COO do Publicis Communications, Justin Billingsley. Vale lembrar que o trio não tem mais participação societária na Leo Burnett, já que as ações foram compradas pelo grupo global comandado por Maurice Lévy.
O mercado ainda não sabe qual será a próxima jornada profissional de Giovanni, e talvez nem ele mesmo tenha realmente pressa com seus planos, já que revelou no encontro que vai descansar um pouco e viajar durante os seis meses em que será obrigado a cumprir o ‘no-compete’ no segmento. Um dos principais nomes da propaganda no País, o publicitário tem 51 no mercado de comunicação, 44 deles no dia a dia de agências.
A história de Giovanni na Leo começou em 2011, quando o grupo Publicis comprou a Tailor Made, fundada pelo executivo, e fez a fusão com a Leo Burnett. Com a conta da Fiat na carteira e uma série de outras conquistas, o movimento deu margem para o crescimento da nova agência e a sua reputação como uma das mais criativas do país nos últimos anos. “Estou muito feliz por ter como sucessores esta dupla de profissionais tão competentes. Marcelo Reis e Marcio Toscani formam uma liderança incrivelmente talentosa para os negócios, com um grande olhar para a criatividade”, diz afirma.
Outro ponto curioso de sua importante carreira foi a criação da Giovanni, que mais tarde se fundiu com a FCB e deu origem a Giovanni+DraftFCB. Em 2007 o publicitário saiu, mas seu nome permaneceu na agência até o ano 2014.
Coincidência ou consequência de um segmento que se renova a cada dia e a crise econômica que tem impactado o mercado publicitário, incluindo a deterioração do valor de ações das agências, ao deixar a Leo Burnett Tailor Made, Paulo Giovanni engrossa um movimento construído por grandes nomes do mercado que saíram de suas posições de liderança nos últimos anos. A lista inclui profissionais como Marcello Serpa, Celso Loducca, José Luiz Madeira, entre outros.
De acordo com informações do The Wall Street Journal, a rede social criada por Mark Zuckerberg está desenvolvendo um aplicativo com foco em vídeos para as plataformas de “set-top box”, como AppleTV, ChromeCast, entre outros. O objetivo é criar um novo espaço para o seu gigante acervo de filmes e também abrir espaço para novos formatos publicitários.
Parte do projeto tem a ver com a expansão do Live, ferramenta de streaming ao vivo do Facebook e as negociações da empresa para agrupar o licenciamento de programação de TV de qualidade e longa duração. Um app para televisões conectadas seria, então, a maneira ideal de distribuir esse conteúdo premium.
Comercialmente falando, essas e outras iniciativas podem resolver um ‘problema’ da rede social: embora seja atualmente a segunda plataforma digital que mais recebe publicidade em todo o mundo, atrás apenas do Google, o Facebook revelou em novembro que restava pouco espaço para anúncios em seu feed de notícias, principal receita da empresa.
Para continuar crescendo, parte da estratégia do Facebook pode se concentrar em morder uma fatia ainda maior do bolo publicitário de TV nos Estados Unidos, que hoje representa US$ 70 bilhões. Não é segredo para ninguém que a plataforma tem investido muito de sua estratégia no formato de vídeo nos últimos anos. De acordo com a publicação americana, o futuro da rede social passa por um processo que a transformará em uma espécie de ‘TV móvel’.
O QUE A COMUNICAÇÃO TEM A DIZER SOBRE A ARTE DE RUA?
Por Welton Ramos
Longe dos julgamentos sobre o que é arte, o que é vandalismo, se a prefeitura está certa ou errada em apagar pinturas de locais públicos, observar a repercussão e discussão sobre o tema nos meios de comunicação, foi um exercício extremamente interessante.
Não falo apenas do que foi noticiado, mas também do impacto que a situação teve no mercado publicitário. A arte urbana, como foi classificada, tem muitas facetas. Alguns acreditam que quando ela é permitida, deixa de ter propósito, outros que a pintura é o que interessa, pois a mensagem não se trata apenas de transgredir.
O que os comunicadores parecem achar que e o importante é que há valor em cima da situação. A discussão acabou levando marcas a contratarem grafiteiros para expor sua arte pintando locais privados, onde a prefeitura não pode atuar, fazendo do grafite uma peça de propaganda para o estabelecimento.
Alguns podem dizer que se foi um contrato, a arte não é de rua, porém, não houve um pintor na história que não tentou ao menos vender seus quadros. Os gênios foram aclamados pós mortem e desvalorizados em vida, mas isso não é uma regra.
O interessante é que se apreciou o que ele tinha a dizer. No meio jornalístico a discussão ficou acirrada. Havia vozes se preocupando em defender lados, quando o interessante e o que realmente teve algum impacto, foi o uso disso pelo lado criativo.
Foi no marketing, na publicidade, que se encontraram respostas criativas, que trouxeram lucro, beleza e consenso a uma situação polêmica. Discussões à parte, nem todos podem apreciar esse tipo de arte.
Talvez os locais públicos tenham que buscar atender à maioria, já que vivemos uma democracia, e a prefeitura está eleita de forma legal. Porém, com criatividade não é preciso abandonar a cultura e é possível cultivá-la em locais em que ela será apreciada por aqueles que querem vê-la.
Não digo que foi a palavra final, mas a meu ver, a comunicação deu a palavra mais inteligente para essa situação.
Welton Ramos é jornalista na InformaMídia Comunicação, e colaborador do Blog da PME.
CONFIANÇA
O Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços (MPEs) calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) atingiu 51,0 pontos em janeiro. Com o resultado, o início do ano começa com otimismo moderado com o ambiente de negócios e a economia. Na comparação com janeiro de 2016, quando marcou 42,0 pontos, o indicador avançou 9,0 pontos. Já na comparação com dezembro de 2016, o avanço foi de 2,1 pontos. Quanto mais próximo de 100, mais otimistas estão os empresários e quanto mais próximo de zero, menos confiantes eles estão. Em termos percentuais, a variação anual foi de 21,4%, e a mensal, de 4,3%.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a melhora da confiança é componente fundamental para a retomada do crescimento. “No entanto, a consolidação desse processo dependerá do avanço da agenda de reformas propostas pelo governo e de um ambiente político mais estável”, explica.