Servidor municipal da área da saúde há 20 anos, Gilvan Rodrigues é o novo presidente do PDT, a potência da oposição em Gravataí que venceu a eleição de 2016 – anulada após a impugnação de Daniel Bordignon – e, com Rosane Bordignon, em 2017 ficou apenas 4.016 votos atrás do prefeito reeleito Marco Alba (PMDB), além de duas décadas de seca depois ter eleitos três vereadores.
Gremista, Vila Branca, amante do futebol e do jiu-jistsu, o morador do São Geraldo há quatro décadas, ex-dirigente por 18 anos do PSB e um dos ponteiros do primeiro time que ressuscitou o PDT da aldeia em 2015, recebeu 415 votos como candidato a vereador em 2016.
O Seguinte: conversou há pouco com o marido da Cristiane e pai de Maria Eduarda (14), Guilherme (11) e Gustavo (9 meses), que ascendeu à presidência por consenso dos três vereadores – Alex Peixe, Demétrio Tafras e Rosane Bordignon -, o ok dos presidentes estadual Pompeo de Mattos e nacional Carlos Lupi e a bênção do ‘Grande Eleitor’, Daniel Bordignon, o anfitrião da noite da segunda-feira.
Confira trechos, onde Gilvan mostra que tem um perfil bem diferente do polêmico presidente anterior, Cláudio Ávila.
Seguinte: – Pelo tempo da política, uma eleição acaba outra já começa. Quais os planos do PDT para 2018 e 2020. Rosane Bordignon, que disputou a Prefeitura em 2017, é a candidata natural a deputada e a prefeita?
Gilvan – Neste primeiro momento me preocuparei mais com questões burocráticas. Estamos saindo de duas eleições desgastantes. Uma vencemos, outra quase. O PDT é um partido histórico, o segundo em número de filiados, mas ficou muito tempo adormecido. Participei da remontagem do partido e quero agora, na presidência, fazer uma articulação harmoniosa entre os novos, os antigos, os vereadores e nossas principais lideranças. Ainda não tratamos 2018 e 2020 como partido, mas a Rosane saiu forte da eleição, o Bordignon conseguiu transferir a maioria dos votos para ela, e a princípio é nossa candidata natural nas duas eleições.
Seguinte: – Além de Diego Pereira, chefe de gabinete de Rosane como tesoureiro, a esposa de Demétrio, Simone Rodrigues, foi eleita secretária-geral. Isso encerra com a possibilidade do vereador sair do partido e aderir ao governo Marco Alba (PMDB), como muito se fala nos bastidores da política da aldeia?
Gilvan – Não tem nada disso. Os três vereadores estão muito integrados ao partido e nenhum deles comunicou a vontade de compor com o governo. O PDT é, e continuará sendo, oposição ao governo Marco Alba.
Seguinte: – Que papel terá Daniel Bordignon no partido?
Gilvan – Ele é o ‘Grande Eleitor’, a maior representação que temos no partido. Bordignon será nosso principal organizador e formulador das políticas.
Seguinte: – O PDT investirá para atrair outros vereadores?
Gilvan – No momento certo. Mas queremos apenas quem defende os trabalhadores.
Seguinte: – Como foi a saída de Cláudio Ávila, que ficou de fora de qualquer cargo na direção.
Gilvan – Muito tranqüila. Ele está dando um tempo na política, como externou no facebook e para a gente.