Alguém esqueceu dos sucessivos ataques e invasões ao gabinete do Prefeito Miki Breier (PSB) e ataques à Prefeitura de Cachoeirinha no mês de março e começo de abril de 2017, em meio a um conturbadíssimo início de governo que teve quebra-pau na frente da Câmara de Vereadores e a mais longa greve (61 dias) do funcionalismo municipal da história do pequeno município?
Foram três ataques em um mês.
O PRIMEIRO
Madrugada de 3 de março de 2017, o alvo foi exatamente o gabinete do chefe do Executivo. Com direito à porta arrombada, carta ameaçadora, e um líquido despejado que inicialmente foi divulgado como sendo urina, depois oficializado com chá. Na carta, críticas ao “pacotaço” do prefeito Miki aprovado na semana anterior na Câmara com cortes nas vantagens dos servidores.
O SEGUNDO
Na noite de 27 para 28 de março entraram de novo na Prefeitura. Passaram pela porta principal do gabinete do prefeito e invadiram salas do segundo andar do prédio. Um frigobar e uma televisão teriam sido levados. Foi na primeira noite depois que o Sindicato dos Municipários de Cachoeirina (Simca) anunciou uma vigília diante da prefeitura e “sob as barbas” de três servidores que iniciavam uma greve de fome na porta do prédio.
O TERCEIRO
Foi na noite ou madrugada de 1º de abril de 2017 e o alvo teria sido um prédio anexo, da secretaria de Assistência Social, Cidadania e Habitação. O acesso foi pelo pátio e os invasores não conseguiram levar nada. A movimentação teria sido percebida e a Guarda Municipal chegou ao local obrigando que os autores fugissem deixando para trás, já no pátio, grande quantidade de objetos já embalados.
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Como ficou
O delegado Leonel Baldasso Pires, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha, e que comandou as investigações na época, disse agora à tarde para o Seguinte: que não foi possível apontar culpados no caso das invasões praticadas na Prefeitura. Ele alegou uma série de fatores para que o inquérito fosse remetido ao Fórum da cidade sem indiciados.
— A polícia não pode fazer milagres — disse Baldasso.
E explicou:
— Os criminosos sabiam o que estavam fazendo e não agiram sozinhos.
Os inquéritos foram remetidos ao Judiciário, de acordo com o delegado Baldasso, no começo do ano passado juntamente com procedimentos de mais de 20 outras denúncias, todas decorrentes dos confrontos havidos principalmente entre servidores por causa da greve e do embate na frente da Câmara de Vereadores (links abaixo).
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Sem solução
Fatores que impediram a Polícia de chegar aos invasores da Prefeitura:
1 – Não havia vigilância nos locais atacados.
2 – Não havia câmeras de monitoramento no prédio e nem nas imediações
3 – A perícia não conseguiu identificar digitais nos móveis e paredes (muito provavelmente agiram com luvas).
4 – O exame grafotécnico na carta deixada no gabinete do prefeito Miki Breier, no dia 6 de março de 2017, também foi inconclusivo, ou seja, não apontou a autoria.
IMPORTANTE
O prefeito Miki Breier não se manifestou sobre o caso das sucessivas invasões à Prefeitura de Cachoeirinha, no começo de seu governo, até o encerramento desta matéria.
Nas imagens abaixo, a perícia no gabinete do prefeito Miki: