RAFAEL MARTINELLI

O que significa o consenso por candidatura de Bordignon à Prefeitura de Gravataí pela federação lulista

Daniel Bordignon (PT) é o candidato de consenso da Federação Brasil da Esperança à Prefeitura de Gravataí. Sérgio Stasinski (PV) e Felipe Benassuly (PCdoB) retiraram as candidaturas.

Resto próximo a ter que, como escrevi em artigo anterior, agasalhar a provocação que sempre faço em Gravataí, usando frase de Frei Betto sobre as perseguições da época da ditadura, de que “a esquerda só se une na cadeia”.

Antes de explicar o porquê, vamos às informações.

O anúncio do consenso em torno de Bordignon aconteceu na noite desta quarta-feira no Breno In Box, espécie de sede informal do PV no loteamento Breno Garcia. Algo simbólico para encerrar o que descrevo como a II Guerra Política de Gravataí, entre Stasinski e Bordignon; na história moderna, a I foi Abílio x Oliveiras e a III se testemunha agora, Marco Alba x Zaffa.

– Pela popularidade, é o melhor nome para nos representar – disse SS, seguido por Benassuly na confirmação do consenso na federação partidária, cujas divergências reportei em uma série de artigos; leia o primeiro em O dia em que Bordignon, Stasinski e Rita se reuniram novamente para fazer política; Os 16 anos da II Guerra Política de Gravataí e o último em Bordignon foi convidado para encontrar Lula em Brasília; É candidatíssimo a prefeito de Gravataí. Sem ‘nem-nem’.

Ex-prefeita Rita Sanco (à direita na foto) também participou do ato

Bordignon também fez um discurso de unidade do lulismo, citando pesquisa do ano passado que mostrava influência superior de Lula em relação a Bolsonaro e Leite no voto gravataiense.

(A pesquisa, de agosto do ano passado, mostrava que, ao responder sobre uma eventual candidatura apoiada por Bolsonaro, 44% dos eleitores entrevistados responderam que a chance de votar “diminui”; 29,1%% “aumenta”; 23,5% não muda e 3% “não sabe/não opinou”; Lula tinha 35% de “aumenta”, 25% de “não muda” e 37% de “diminui” e Leite tinha 36% de “aumenta”, 44% de “não muda” e 16% de “diminui”).

– Já vencemos eles outras vezes. Temos que ir onde o povo está – convocou.

Assista na SEGUINTE TV a fala de Stasinski, que reproduzo pela simbologia para política da aldeia.

Mas, e então? Por quê posso ter que agasalhar a provocação sobre a histórica divisão dos canhotos na aldeia?

A definição do nome de Bordignon como candidato de consenso da federação partidária era uma exigência do PSB para iniciar conversas formais para formação de uma aliança dos partidos de esquerda, que pode incluir também PDT e PSOL; reportei em O ‘Lula-Alckmin’ em Gravataí: Bordignon recebe PSB em sua casa e fala em vice; O torneiro mecânico e os fascistas para xingar.

Sabedor do acerto pelo consenso, o vereador Paulo Silveira (PSB) confirmou na tribuna a intenção de “construir com PT, PV, PCdoB, PDT e PSOL a unidade da oposição, do campo popular”.

– É nosso papel apresentar um projeto que resgate a cidade e coloque a pessoa em primeiro lugar. Uma cidade não é feita só de concreto e aço – disse o principal oposicionista ao governo Zaffa no legislativo, que filiou o advogado Diego da Veiga Lima, lançado a prefeito e já convidado por Bordignon para ser vice, além de formar um bloco na Câmara com o PDT de Thiago De Leon, também candidato a prefeito; leia em Veiga Lima se filia ao PSB, é lançado à Prefeitura de Gravataí e critica governo Zaffa: “Vaga em creche é mais importante que Rua Coberta”; O que isso tem a ver com Bordignon e Thiago De Leon é o candidato a prefeito do ‘bom-mocismo’ em Gravataí; Leia entrevista.

Assista à fala do socialista e, abaixo, concluo.

Reputo acerta a federação partidária e, caso a aliança se concretize, acertam também PSB, PDT e PSOL. É o que chamei de ‘ideologia com números’. É fato que Bordignon é o único nome da esquerda com potencial de vencer a eleição.

Sem torcida ou secação, já apresentei meus argumentos sobre isso em Bordignon é o melhor nome para a federação partidária do lulismo em Gravataí.

Ao fim, é como conclui em Bordignon é recebido por Lula em Brasília; A foto e o fato: é candidato à Prefeitura de Gravataí, quando as inimizades ainda não restavam estreitadas entre os políticos de esquerda:

“Seus algozes, se insistirem na sabotagem, parecerão alguém telefonando: “É da casa de Daniel Bordignon, ex-prefeito por 8 anos com alta popularidade pessoal e aprovação do governo, ex-deputado estadual reeleito, Grande Eleitor de um prefeito e uma prefeita, que venceu a eleição e só não assumiu como prefeito em 2016 porque teve os direitos políticos suspensos, bem colocado nas pesquisas para 2024 e única chance da esquerda voltar ao poder após 15 anos em Gravataí?”. “Sim”. “Ah, foi engano”.

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