Caso Levi Melo (Republicanos) seja confirmado o vice de Luiz Zaffalon (MDB), e a chapa do governo Marco Alba ganhe a eleição, o médico deixará de receber, a partir de 2021, mais de R$ 1 milhão anuais por serviços prestados por sua clínica e pagos pela Prefeitura de Gravataí e pelo ISSEG, o plano de saúde do funcionalismo municipal. Como vice, Dr. Levi não poderá contratar com o governo que será sócio no comando.
Usando como exemplo um recorte dos últimos 10 anos, em 2019, a Millenarium recebeu R$ 728.260,88 do ISSEG e mais R$ 327.546,04 da Prefeitura para exames de colonoscopia, contrato firmado a partir do chamamento público 12/2018 com teto mensal de R$ 50 mil.
Pelo IPAG, que à época reunia o ISSEG ao instituto de previdência, a clínica recebeu em 2018 R$ 762.352,70, em 2017 R$ 551.956,96, em 2016 R$ 361.990,42, em 2015 R$ 334.286,99, em 2014 R$ 340.799,49, em 2013 R$ 367.497,83, em 2012 R$ 326.208,59 e em 2011 em R$ 311.586,01.
A proibição está no artigo 9º, III, da Lei nº. 8.666/93, que diz que “não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários (…) servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação”.
Ao fim, mesmo que milionário seja, Dr. Levi será uma exceção à regra da ‘profissão’ mais antiga do mundo. Ao invés de se meter em política para ganhar dinheiro, o fará para perder. Em um mandato de 4 anos, pelo menos R$ 5 milhões.
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