A média diária de infectados pela covid-19 em Gravataí quadruplicou em janeiro, em relação a dezembro. Sem a mesma virulência e letalidade, voltamos aos momentos da pandemia onde você da um F5 para atualizar o site do coronavírus da Prefeitura e logo um novo caso já aparece.
É o efeito da ômicron, que já tem dna gravataiense, como reportei em Gravataí e Cachoeirinha com transmissão comunitária da ômicron; É motivo para pânico? A ’ideologia da ciência’ responde.
Ainda sem superlotação de leitos, e com redução de vidas perdidas, por enquanto é sem ‘lockdown’.
Dezembro fechou com 25.445 casos e 980 mortes desde o início da pandemia em março de 2020. Às 17h desta sexta-feira já eram 26.011. A média de infectados a cada 24h, que foi de 10 entre setembro e dezembro de 2021 hoje é de 40.
A boa notícia é que 2022 teve apenas uma morte por covid em 14 dias. Entre agosto e dezembro a média era de um óbito a cada dois dias. Para efeitos de comparação, entre março e abril, os piores meses da pandemia, em média 6 vidas eram perdidas diariamente em Gravataí.
O número de infectados no município segue tendência estadual e nacional, onde os casos também quadruplicaram. No Brasil a média diária está próxima aos 80 mil. Nos Estados Unidos já são 1,35 milhão de novas infecções diárias.
Ainda não há superlotação de leitos em Gravataí.
Conforme o site coronavírus da Prefeitura, havia no Hospital Dom João Becker/Santa Casa, às 15h desta sexta, 7 pacientes para 8 leitos de UTI covid e 9 pacientes para 12 leitos de enfermaria covid.
Na última terça eram 4 pacientes para 8 leitos de UTI covid e 10 em 12 leitos de enfermaria covid.
O primeiro atendimento, que era feito nas duas UPAs, as unidades de pronto atendimento da 74 da av. Dorival de Oliveira e na Moradas, na ERS-020, foi ampliado para as 20 unidades de saúde da família, como o Seguinte: reportou em Pressão da covid faz Gravataí ampliar atendimento de UPAs para USFs.
Na reunião de gestores da saúde dos municípios com o coordenador do Gabinete de Crise do Governo do Estado, Marcelo Alves, e a secretária da Saúde, Arita Bergmann, nesta quinta-feira, foi confirmado que todas as regiões covid, do sistema 3As, estão pela segunda semana consecutiva em ‘Aviso’.
Não houve nenhum aumento de restrições decretado pelo governador Eduardo Leite.
– Ainda estamos em tempo de pensarmos em alternativas para evitarmos que esse crescimento de casos se reflita em necessidade de leitos. Precisamos definir, em conjunto, estratégias para se fazer cumprir os protocolos obrigatórios e recomendados pelo Sistema 3As de Monitoramento – disse a secretária.
– Os municípios já têm os protocolos recomendados e obrigatórios e também têm, nas suas regiões, a condição de enxergar quais são as medidas necessárias em cada local – acrescentou a secretária adjunta da Saúde, Ana Costa.
A secretária alertou para aumento nas internações.
Atualmente, há 603 leitos clínicos ocupados por pacientes com quadro confirmado ou suspeito de covid-19; em 2 de janeiro, eram 297.
A ômicron é motivo para pânico?
Após buscar informações, que reportei em Gravataí e Cachoeirinha com transmissão comunitária da ômicron; É motivo para pânico? A ’ideologia da ciência’ responde, reputo sim e não. Porque uma saída para evitar novas medidas restritivas e lockdowns pode estar em nossos braços.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a ômicron não deve ser descrita como branda, já que está matando pessoas em todo o mundo. Mas o diretor Tedros Adhanom Ghebreyesus confirma que estudos recentes sugerem que a variante tem menos probabilidade de deixar as pessoas gravemente doentes do que as anteriores de covid.
O que preocupa é que, se a pandemia não for controlada, o número recorde de pessoas infectadas pode sobrecarregar mais uma vez os sistemas de saúde.
– Em um mês e meio, a ômicron infectou tanta gente quanto as outras versões do vírus demoraram um ano e meio para infectar – tuitou há pouco o epidemiologista gaúcho Pedro Curi Hallal.
Estimativas da Universidade de Washington divulgadas pela CNN alertam que o Brasil pode atingir o pico de 1,3 milhão de infectados por dia pela ômicron em meados de fevereiro.
À BandNews, a pneumologista da Fiocruz, Margareth Dalcomo, uma das mais conceituadas do país, explica que a característica das viroses respiratórias é que elas se tornem menos letais e menos capazes de causar doenças severas, como é o caso da nova cepa que circula no país.
– Ela está cumprindo um papel historicamente muito relacionado a viroses de transmissão respiratória. Então, é possível que a pandemia esteja perdendo a força pelo aparecimento de uma variante muito transmissível, porém, menos letal – disse.
A médica lembra que a cepa original do coronavírus causava pneumonias, que desencadeavam em tromboses e embolias, causas de mortes de muitos pacientes. Já a ômicron apresenta sintomas nas vias aéreas superiores e menos letais, que se confundem com a nova variante da gripe, que causa coriza, dor de garganta e febre.
– Por isso os testes têm carga viral alta, porém, nós não temos internados pacientes, mesmo os mais idosos, até o momento pelo menos, com quadro de pneumonia grave. Completamente diferente das cepas anteriores – disse.
Recomendo reportagem do Nexo Jornal 10 perguntas e respostas sobre como lidar com a covid e a gripe.
Inegável é que a solução está no braço. Entre 0,3 e 0,5 mL, dependendo da vacina.
A pneumologia alerta que para o controle da pandemia é essencial que se alcance um porcentual de população vacinada no mundo, que ainda está distante.
– No caso do Brasil, a situação é razoavelmente confortável porque a população sabe da importância da vacinação. Eu creio que nós teremos muitos casos, mas não creio que teremos pressão no sistema de saúde no sentido de precisar internar. Não creio que teremos mortes, a não ser em situações de uma comorbidade prévia.
Anderson Brito, virologista e pesquisador do Instituto Todos Pela Saúde, receitou o mesmo, a GZH: esquema vacinal completo com a dose de reforço e vacinação de crianças, que começa dia 19 no RS.
– Para evitar o que vimos entre março e abril passado, a única solução é a cobertura vacinal completa. Estamos trabalhando no escuro. É muito mais difícil avançar nas pesquisas para combater o vírus – disse, diagnosticando baixo número de testes feitos no país e os problemas na divulgação dos dados, devido ao ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde.
Dados desta semana mostram a força das vacinas. No Rio, hoje epicentro da nova variante, 93% dos internados por covid não tinham esquema vacinal completo e 43% não tomaram nenhuma dose de vacina.
Ainda conforme a Secretaria da Saúde do Rio. a taxa de mortalidade por covid-19 no mês de dezembro no estado foi três vezes maior entre pessoas não vacinadas.
Em números de hoje, Cachoeirinha tem 78% da população vacinada com a primeira dose; 66,25% com a segunda dose e 10,41% com a dose de reforço. Em Gravataí são 74,1% com a primeira dose; 64,2% com a segunda e 12,6% com a dose de reforço.
Ainda é muita gente sem o esquema vacinal completo. Potencialmente mais de 20 mil pessoas, em idade com cobertura vacinal, entre Gravataí e Cachoeirinha.
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Ao fim, como observei ainda em A covid voltou: Gravataí, Cachoeirinha e RS estão sob Aviso; Soube do vizinho?, a covid 'voltou', dos atores globais, jogadores de futebol e político ao irmão, a amiga e a vizinha.
Não é nosso cansaço, ou a negação, que terminarão com a pandemia.
Graças à vacinação e à menor virulência da omicrôn, 2022 ainda não registra colapso no sistema de saúde e nem maior letalidade.
No Grande Tribunal das Redes Sociais recebi críticas pela sugestão que dei em Zaffa, imite prefeito de NY e obrigue a vacina em Gravataí; A ditadura da vida.
Mas, fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos, só a vacina protege a vida e a economia.
É a ‘ideologia da ciência’, covidiotas.
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