Printe & Arquive na Nuvem.
Principal nome da oposição conforme as urnas, Dimas Costa será candidato à Prefeitura de Gravataí, em 2024. Há sinais e uma confirmação de que o hoje secretário-adjunto dos Esportes do governo Eduardo Leite (PSDB) concorre a prefeito. Arrisco até o dia do ‘lançamento’.
O gravataiense de nascença, obviamente, nega; o que, na política, quase vale como confirmação, em se tratando de candidaturas.
Sigamos.
O próprio Dimas empolgou seus fãs na segunda-feira ao postar em suas redes sociais uma frase sobre “persistência”.
Para quem não conhece a trajetória, o ex-vereador entre 2013 e 2016 ficou em segundo lugar na eleição para a Prefeitura em 2020, com 35.623 (31,58%) votos, neste ano concorreu a deputado estadual e ficou na primeira suplência do PSD com 27.956 votos (13,34%); 17.821 em Gravataí, e, em 2018, ficou na segunda suplência para Assembleia Legislativa, com 20.564 votos – o mais votado no município, com 18.013 (14,91%), mesmo concorrendo com a então primeira-dama, Patrícia Alba (MDB), de quem ficou atrás em 2022.
Além de Danrlei de Deus, seu chefe na Secretaria dos Esportes, e a quem assessorou na Câmara Federal, Dimas também é tratado como “meu prefeito” pelo presidente nacional, Gilberto Kassab – o que significa recursos para a campanha; Gravataí deve ser a principal aposta na eleição depois das prefeituras de Canoas e Passo Fundo, às quais comanda.
Assim foi nesta semana, no aniversário do ex-goleiro do Grêmio, que fez 4.400 votos em Gravataí com apoio de Dimas – e, por obvio, também vê na candidatura a possibilidade de andar pela cidade antecipando a campanha pela reeleição em 2026.
Para além dos sinais, há o que considero uma confirmação: Dimas passou a presidência do partido para a vereadora Anna Beatriz da Silva.
– Minha missão é que o PSD siga protagonista nas eleições. Candidato não pode ser presidente de partido – disse ao Seguinte: a parlamentar, que é esposa de Dimas; precisa mais?
Reputo a candidatura de Dimas uma certeza também pela sobrevivência do partido que, com sua performance em 2020, teve eleitos três vereadores – dois já saíram do partido: Bombeiro Batista e Cláudio Ávila. Não ter candidatura aumenta o risco de não eleger bancada.
Há, ainda, um elemento que já norteia o planejamento dos políticos: na eleição de 2028, conforme o crescimento vegetativo da população, Gravataí terá segundo turno. Dimas não concorrer abriria espaço para o surgimento de uma nova liderança na oposição, Thiago De Leon (PDT) ou Bombeiro Batista (sem partido), além da volta de um político conhecido e que já foi ‘Grande Eleitor’ de dois prefeitos eleitos: o ex-prefeito Daniel Bordignon (PT).
Se desta vez, além da formação em Gestão Pública, terá também uma experiência executiva, na Secretaria, e não só legislativa, resta saber se Dimas concorre isolado ou se terá alianças. E, ainda, se será o candidato do governador, já que, ao menos hoje, é o ‘embaixador de Gravataí’ no governo Leite – já alertei, na semana após a eleição de 22, para o teto do ‘nem-nem’, em #DasUrnas | Dimas saiu das urnas como principal nome da oposição em Gravataí, mas perdeu de novo; É o teto do ‘nem-nem’?.
Sobre o dia do ‘lançamento’, aposto será na anual festa que promove para comemoração de seu aniversário, em 5 de agosto, no CTG Aldeia dos Anjos. Ele completa 42 anos no dia anterior, mas já reservou o espaço que é o palco mais tradicional de atos políticos em Gravataí.
Ao fim, como sabem que sou amigo de Dimas, muitos vão me perguntar se foi ele quem me confirmou se é candidato, o que tantos já previam, já que se trata – e aqui não vai nenhum demérito: não sou dos que permitem à política apenas a presunção de culpa – de um político profissional.
Resta responder com um texto.
“Caro amigo, o portador desta pediu-me, com empenho, que o recomendasse a você. Isso se deve ao fato, óbvio, de, em algum momento do qual já não me lembro, ter-te recomendado a ele com algum elogio ocasional. Pois só por ter-te, gratuitamente, recomendado, poderia ele querer, interessadamente, ser recomendado por mim. Ora, como o conheço pouco, e te conheço muito, recomendo-o tudo que posso., sem saber se isso é bastante, e peço-te que faças por ele o que achares que podes, pois sempre farás demais. Não sei, porém, se, te recomendando ele, me recomendo a ti, a ele, e a mim mesmo. Pois o que eu poderia dizer do recomendado seria mais do que ele merece. Por ser também mais do que eu próprio mereço, já que, criterioso como sou, nunca recomendaria alguém que fosse menos do que eu, ou apenas tanto quanto. Mas sei que, pensado assim, fico num paradoxo: ele é quem deveria me recomendar a ti, e não eu a ele. Se você concordar com isso, então, por favor, peça que o faça, e só posteriormente aceite minha recomendação dele. Seu velho amigo – se é que jamais ouviu falar de mim – agradecido, Millôr.
LEIA TAMBÉM
Dimas já é secretário-adjunto de Esportes do RS; Quer ser ‘embaixador de Gravataí’ no governo Leite