Mesmo que nacionalmente o PSDB tenha aberto mão de candidatura própria à presidência da República para apoiar a senadora Simone Tebet (MDB), da qual é ‘madrinha’ da candidatura no Rio Grande do Sul, Patrícia Alba foi voto divergente a abrir espaço para uma composição de chapa com Eduardo Leite (PSDB) na disputa pelo Palácio Piratini.
O voto, seguido apenas pelo deputado federal Osmar Terra, em reunião com deputados estaduais e federais, representantes de prefeitos, além de membros do diretório local, que aprovou indicativo de debate para a retirada da pré-candidatura de Gabriel Souza (MDB) e a aliança com o tucano, e que teve a presença do presidente nacional do partido, Baleia Rossi, ganhou repercussão nacional no site O Antagonista.
A deputada estadual de Gravataí segue o movimento ‘Anti-Leite’, comandado pelo marido e ex-prefeito Marco Alba, candidato a deputado federal, o que reportei mais recentemente em Marco Alba, o anti-Leite confirmado, critica novo ‘momento’ no RS: a mentira com aval da Assembleia; Ex-prefeito (não) fala sobre crise no MDB gaúcho.
Um dos cicerones de Baleia no Rio Grande do Sul foi o ex-deputado federal de Gravataí, Jones Martins, hoje adversário internos dos Alba e que, com planilha na mão, assessorou o parlamentar a contar os votos durante as sessões em que o presidente Michel Temer escapou de dois impeachments.
– A nossa expectativa é de preservar o centro democrático. Agora, independente de qual for a resposta dos gaúchos, vamos respeitá-la – disse Baleia.
Conforme o presidente Fábio Branco, a partir de agora, uma série de conversas serão promovidas internamente. Na próxima segunda-feira, dia 18, às 18h, a Associação de Prefeitos e Vices reunirá o seu colegiado para tomada de decisão.
Fato é que a convenção do MDB acontece dia 31 e a tendência do momento é Gabriel ser vice de Leite, como Marco Alba sempre alertou, e reportei em artigos como o de 28 de abril O Marco Alba falou, o Marco Alba avisou, quando conclui assim: “… Marco Alba pode ter sofrido uma derrota momentânea no que chamou de “golpe” na escolha de Gabrielzinho como candidato a governador. Mas, se Leite concorrer, o MDB restará morto na eleição estadual de 2022…”.
Ao fim, o jogo de cena da candidatura própria do MDB e os disse-que-disse-que-não-disse-o-que-disse de Leite me lembram uma do Millôr, sobre traição: “Um dia um de seus seguidores o traiu. Um só. Quer dizer, um só porque a traição deu certo. Os outros onze estavam só esperando a vez”.
