A POESIA DO CIDADE

Pinóquios Nós Todos

E agora quietinho

No meu canto

Oro para que os novos

Hábitos necessários

E saudáveis não

Se tornem novos fascismos.

Que por terra caiam

Os preciosismos.

Os medos de amar demais ou de menos.

O medo de perder o que temos.

O medo de estarmos.

O medo de sermos.

O medo de mudarmos.

O medo de ter medo.

Os modos mimados de medo.

A alegria não é prêmio.

A alegria não é bônus.

A alegria é nosso direito.

A alegria somos nós.

Nos aperfeiçoando nesse mundo inundado

De dor e receio.

O passeio de nossas vidas não acaba no recreio.

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