glorinha

Prefeito revoga ’gratificação da cassação’; deixa vereadora mal

Portaria foi assinada pelo prefeito Darci Lima da Rosa dia 2 de outubro

O prefeito Darci Lima da Rosa revogou a gratificação especial de Silva Eccel (PSD), pilar da denúncia que ameaça a vereadora de cassação em Glorinha.

A portaria foi publicada em 2 de outubro, um dia depois de eu revelar no Seguinte:, no artigo Câmara abre processo que pode cassar vereadora, a abertura de Comissão Processante, proposta pela mesa diretora da Câmara de Vereadores.

Traduzindo do juridiquês, o argumento da denúncia, aceito por 5 votos a 4, é de que a parlamentar recebe vantagens indevidas da Prefeitura, onde trabalha como orientadora pedagógica cedida por Taquara, o que comprometeria sua isenção como legisladora e fiscalizadora do poder executivo.

Silvia acumula os salários de vereadora, R$ 4,8 mil e de professora, além de benefícios como uma gratificação de cerca de R$ 400, mais vale-alimentação e cesta básica, o que, por 5 votos contra 4, foram considerados indícios de quebra de decoro e improbidade.

Clique aqui para ler a denúncia na íntegra.

Cláudio Ávila, advogado da parlamentar, considerou as denúncias frágeis, como contei no artigo Dr. Golpeachment defende vereadora da cassação; ’golpezinho fajuto’.

No primeiro artigo, alertei:

“(…)

As supostas irregularidades ameaçam também Darci Lima da Rosa (sem partido), já que o prefeito é o ordenador de despesas. Cópia da denúncia será enviada ao Ministério Público, que pode investigar eventual improbidade administrativa.

(…)”

E acrescentei:

“(…)

Votos para cassar Silvia, há. Arrisco dizer que a parlamentar só garante o mandato na Justiça, ou barrando a CPI, ou uma votação futura por seu afastamento.

Já para tentar impichar Darci, a oposição ainda não tem votos para. Mas, como conta a História, Hitler disse “eu conheço meus limites”, antes de invadir a Polônia…

Ao fim, a metafísica da abertura de processo para investigar Silvia também é contra Darci. Em 2019, coincidentemente ou não, após a formalização das relações de trabalho que a CPI vai apurar, vereadora e prefeito estreitaram inimizades e a professora era descrita nos bastidores como uma ‘xerifona’ do governo.

Bala ‘achada’ em Silvia pode ser ‘bala perdida’ em Darci.

(…)”

 

Ao fim, entre balas achadas e perdidas, Darci é manhoso para não sair na rua de guarda-chuva fechado na mão, como é recomendado no Rio aos de carne preta, aquela mais barata do mercado.

Mas que o documento a que o Seguinte: teve acesso parece uma admissão de culpa, parece.

Ou é.

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