O Sindicato dos Empregados no Comércio de Canoas, que tem em sua jurisdição e sob sua tutela também os comerciários de Gravataí, Cachoeirinha e Nova Santa Rita, não é contra à instalação de uma das unidades da rede de lojas Havan na aldeia dos anjos, notícia que o Seguinte: antecipou com exclusividade no final da tarde de ontem.
Mas impõe condições.
Foi o que disse há pouco, ao colunista, o presidente Antônio Fellini. O dirigente sindical disse que a entidade que comanda não se posiciona contrária a qualquer iniciativa que seja capaz de gerar desenvolvimento social e econômico, principalmente através da geração de empregos.
Com uma ressalva! Sem que os trabalhadores sejam explorados com cargas horárias excessivas, sem os necessários períodos de descanso, trabalhando em feriados e finais de semana sem remuneração ou compensação em folgas, e com salários aviltados. Aliás, sobre trabalhar em finais de semana e feriados, o site do sindicato avisa em sua primeira página:
— Em dias de feriados municipais, estaduais e federais, que não estejam autorizados em convenção ou acordo coletivo, firmado com o Sindicato, será, EXPRESSAMENTE, proibida a abertura de lojas, com o uso de mão de obra de empregados, nos municípios de Canoas, Cachoeirinha, Gravataí e Nova Santa Rita, inclusive as lojas em Shoppings.
Sem imposições
Sobre a possibilidade de o empresário Luciano Hang instalar uma de suas Havan em Gravataí, o presidente Fellini disse que não estava sabendo de nada a respeito até o contato com o colunista.
— Não falaram com a gente. Não sei de nada — reforçou.
E, sobre eventuais restrições do Sindicato dos Comerciários ao fato de a rede de lojas abrir as portas à clientela também em feriados e finais de semana, Fellini afirmou que “tudo depende”.
— Não somos contra nada. O Sindicato dos Comerciários não é contra nada. Nós somos pelo diálogo, tudo depende de dialogar. Se a intenção for negociar, vamos negociar, e o que ficar acertado tem que ser respeitado — disse, sem rodeios.
Fellini lembrou que o sindicato tem negociado acordos com a classe patronal, como a abertura das lojas na Sexta-feira Santa que passou, e já está tentando um acordo visando outro feriado santo, o de Corpus Christi, em 20 de junho que vem.
E fez um alerta.
— O que não aceitamos, enquanto entidade representativa de uma classe trabalhadora, é a imposição. E a gente está sabendo que a Havan impõe suas decisões, sua forma de trabalho, e não é por aí.
LEIA TAMBÉM
Luciano Hang em Gravataí: sinal de Lojas Havan na cidade?
Havan e Prefeitura negociam loja em Gravataí
Patrões
: No Sindicato do Comércio Lojista (Sindilojas) de Gravataí não havia representante da presidência para comentar sobre a provável chegada da Havan e sua re´lçioca da Estátua da Liberdade a Gravataí.
: O presidente José Rosa está participando até amanhã (17/5) do 35º Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em Fortaleza, no Ceará.
: O diretor de Patrimônio e vice-diretor financeiro do Sindilojas de Gravataí, Ita mar José de Oliveira (que já foi presidente da entidade) ficou no lugar de José Rosa, mas não se encontrava na entidade. Não conseguimos contato com ele através do celular.
O TERRENO
1
Sobre o local onde Luciano Hang poderia fincar sua Estátua da Liberdade na aldeia dos anjos, não há, ainda, uma informação oficial. Nem da direção da empresa e nem da administração municipal.
2
O colunista ficou sabendo nesta noite que um dos locais pode ser o terreno que foi adquirido pelo Grupo Destro em 2012 para instalação de um macroatacado e armazéns de logística a partir de 2013.
3
O imóvel – com 276 mil metros quadrados – fica ao lado da empresa Tintas Renner, na RS-118, quase esquina com a estrada Itacolomi. O outro terreno pode ser parte do Parque de Eventos Ireno Michel, também na RS-118.
4
A informação dá conta que, se a Havan optar mesmo por ter uma de suas megalojas em Gravataí, o local a ser escolhido terá que oferecer, principalmente, facilidade de acesso às suas instalações, principalmente aos potenciais clientes.