3º Neurônio | Fraga

Soneto da contaminação

(Depois de Vinícius de Moraes)

 

De repente do riso fez-se a comorbidade

Plácida e fúlgida como verso de hinário

Espalhou-se, ocupa ruas, praças da cidade

Agora vive nas bocas, saída de quê armário?
 

 

De repente do clima fez-se a comorbidez

Que dos corpos aflora e pelo excesso

Todos a têm, da ordem até o progresso

Acostumamos, tanto faz como tanto fez
 

 

De repente, assim desde 2018

Fez-se doente o que era tão saudável

E dum país fez nacional falência
 

 

Fez-se da mão amiga arminha .38

Fez-se do convívio ódio intragável

De repente, esse mórbido na presidência.

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade