opinião

SUS deveria ser só para quem precisa; certo é Jones no Moinhos, parem com demagogia!

Jones (D) recebendo visita do vereador Paulinho da Farmácia, que postou a foto no Facebook

Emoji de carinha com lágrima, para não dizer de vômito, para comentários feitos no Grande Tribunal das Redes Sociais sobre o artigo Jones Martins está hospitalizado, que publiquei terça no Seguinte:. Odientos queriam que o ex-deputado federal tratasse a diverticulite no SUS, e não no hospital Moinhos de Vento.

Aos políticos resta não mais apenas a presunção de culpa, mas também maus agouros.

Antes de comentar, noticio o que considero o mais importante: falei com Jones há minutos e ele está bem, aguardando o resultado de uma tomografia para saber se precisará passar por cirurgia.

Civilidade à parte, agora analiso.

Bem de vida, morador da Paragem Verdes Campos, o advogado de Gravataí tem mesmo é que usar plano de saúde e se internar no melhor hospital privado que houver – como fizeram Castelo Branco, Geisel, Figueiredo, Tancredo, Sarney, FHC, Lula, Dilma e Bolsonaro.

O mesmo penso de todos que ganham bem.

O SUS tem que ficar para os pobres!

Já chega a conta que alguns planos empurram para o SUS nos procedimentos que não cobrem – sempre entre os mais caros, como cirurgias cardiovasculares, próteses e etc.

Aí deveria residir a cobrança da sociedade sobre os governos: obrigar os planos a arcarem com suas despesas – dados deste ano apontam uma dívida de R$ 2 bilhões das operadoras de planos de saúde apenas com compensações que deveriam fazer ao SUS por atender usuários de planos na rede pública – e não permitir o 'liberou geral' dos chamados "planos acessíveis".

Nessa polêmica, concordo com Drauzio Varella, o médico mais famoso do Brasil:

– O SUS foi um grande avanço. Não podemos perder isso. É uma conquista da sociedade brasileira. Temos que defender o SUS antes de tudo. Mas acho que, num país com a desigualdade do Brasil, temos uma parte da população com condições econômicas bastante favoráveis que não deveria usar o SUS. Deveria deixá-lo para quem não tem outra alternativa: ou se trata pelo SUS ou não se trata. Então, não tem sentido de eu estar ocupando o lugar do outro, tenho que me entender com a iniciativa privada. Já outras pessoas defendem o fim da saúde complementar no Brasil. Acho que isso é um radicalismo incoerente, porque é jogar em cima do SUS pessoas que já são muito privilegiadas. O que temos que fazer é aprimorar o SUS – defendeu, em entrevista à BBC.

Pode ter um ou outro fã do sistema único de saúde que, para quem consegue, tem excelência no atendimento, mas a maioria dos políticos fazendo selfie doente no SUS não queria, não precisaria e não deveria estar ali.

O povo gosta, rende cliques, mas acho errado tomar o lugar dos mais pobres.

Pior só quando a mãe de algum poderoso passa na frente da fila onde está definhando numa maca a mãe de um miserável.

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