oi, filho

Trocar de creche é mais difícil que escolher a primeira

Um dos dias mais temidos da vida de qualquer pai (e mãe) chegou: o Beni precisou trocar de creche. Desde os seis meses de vida ele estava na mesma escolinha, com as mesmas professoras e os mesmos coleguinhas. Elas sabiam quando ele tinha sono só de olhar, sabiam qual o desenho preferido, qual era a carinha que ele fazia antes de ficar doente… Confesso que algumas vezes senti a-que-la pontinha de ciúmes pelo carinho que ele nutria pelas profes, dando os bracinhos para ir para o colo e abrindo o sorrisão quando elas abriam a porta. Nunca tivemos dúvidas que a creche que ele estava era o melhor lugar para confiar nosso filho.

O problema é que a creche precisou fechar e aí uma nova batalha começou: escolher o novo cantinho para o Beni. Trocar o bebê de escola é mais difícil que escolher a primeira, com toda a certeza. Mesmo sem querer acabamos visitando os lugares vislumbrando encontrar em outras pessoas personalidades parecidas com as professoras que já estamos acostumados. Isso tudo faz parte do processo, mas deve ser evitado, afinal a gente precisa entender que cada escola é uma escola, com um universo totalmente diferente. Escolhida a nova creche, passamos por uma semana de adaptações, descobrindo cada dia mais um pouquinho da sistemática da creche e dos coleguinhas.

Junto com o Beni, a priminha Amanda – fiel escudeira – também foi para a mesma escola. Com ela o processo é mais difícil, pois por ser mais velha que o Benício, entende melhor o que está acontecendo. Nada que uma boa conversa, e uma ótima parceira professor/pais não resolva. É ruim? Claro que é! Eu mesmo me formei na mesma escola em que estudei a vida toda. É complexo fazer os pequenos passarem por todo este processo, mas muitas vezes, como no nosso caso, não há escolha e a única coisa que se tem a fazer é esperar que as coisas fiquem bem.

Quatro dias depois da primeira aula, Beni já está bem a vontade na creche nova. Brincando bastante e comendo super bem. Quando vou buscá-lo ouço uns balbuciar numa língua desconhecida. Pelo sorriso que ganho entre uma frase e outra, acho que este é o jeito dele dizer que o dia foi bom e que, no fim, está tudo bem.

 

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