Juliano Paz, chefe de gabinete do prefeito e ‘número 1’ de Miki Breier, postou em seu perfil de Facebook um textão após o arquivamento da ‘CPI da SKM’, que serve também para a ‘CPI dos Pardais’, cujo relatório também deve ser reprovado nesta terça.
Tratei pela última vez da polêmica nesta segunda, após a derrubada do processo que ameaçava o mandato de Miki, no artigo CPI arquivada em Cachoeirinha. Outra também será; reputações em pedaços.
Siga na íntegra a argumentação de Paz e, ao fim, comento.
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Um Governo honesto e transparente, que enfrenta com coragem, austeridade e criatividade a maior crise da história de Cachoeirinha. Essa é a marca do Governo Miki Breier e Maurício Medeiros. Erros e acertos podem (e devem!) ser debatidos, mas este pressuposto precisa ser entendido para que se compreendam outros acontecimentos.
Quem cortou 9 secretarias, 100 cargos de confiança e aproximadamente 100 milhões de reais em despesas é porque quer arrumar a casa de verdade. Mas é claro que não faria só amigos. Infelizmente, "interésses" permeiam a política e, há mais de um ano, algumas figuras tramam, descaradamente, várias tentativas de golpe para derrubar ou fragilizar o Governo. Levantam suspeitas, caluniam, mentem para as pessoas, fazem insinuações e buscam impedir que Miki e Maurício sigam fazendo o que precisa ser feito.
Essa história, infelizmente, é bastante conhecida. Mas tem tomado proporções perigosas em Cachoeirinha. Nós, que seguimos trabalhando para colocar as coisas em ordem, para poder entregar melhores serviços à população, ficamos estarrecidos com estas irresponsabilidades.
Essa oposição desqualificada, ao invés de propor e provocar outras soluções pelo bem comum, rouba nossa energia em termos que desmentir suas maldades e desmascarar suas intenções.
Sem dúvida, ainda há muito a ser feito. Mas nenhum destes algozes têm mais capacidade do que Miki e Maurício para conduzir Cachoeirinha a um novo tempo.
Duas CPI's estapafúrdias investigaram contratos por seis meses. Gastaram dinheiro público para atormentar o Governo e, mesmo assim, foram incapazes de alcançar uma única prova contra o Prefeito. Agora, apostam no denuncismo covarde e na intimidação dos que defendem a Administração.
Mas o desespero maior é porque, enquanto conspiram, a gestão Miki e Maurício, por exemplo, reduziu a folha de pagamento de 77% para 56%; salvou recursos perdidos; inaugurou a primeira UPA da Cidade, que já atende mais de 6 mil pessoas; entregou a primeira praça da história em convívio com o rio; concretizou o antigo sonho das calçadas da avenida; está trocando 100% da iluminação pública, com economia e modernidade; atende mais de 4 mil crianças e adolescentes em atividades de turno inverso da escola; promoveu a primeira Feira de Inovação e Negócios, unindo o comércio e a indústria; recuperou os contratos para concluir duas Emei's e retomar a terceira; fez de Cachoeirinha a cidade mais segura da região; abriu a Prefeitura com transparência e diálogo, indo ao encontro e acolhendo as pessoas.
Tudo isso e muitas outras coisas, nestes tempos de penúria das finanças públicas no Brasil inteiro.
Essas e outras conquistas são os reais motivos do ódio e do desespero de quem faz política não pensando na Cidade, mas para tomar vantagens, privilegiar os seus e conquistar o "poder" a qualquer custo. Precisamos da união e da reflexão consciente das pessoas de bem, para vencer mais estas turbulências da velha política e focarmos no que realmente importa: um futuro melhor para Cachoeirinha!
(…)”
Analiso.
Se Miki silenciou, Paz foi à guerra.
A tradução do textão é simples: a oposição (cabe melhor 'Situação B', já eram todos governos até 'ontem') tramou um golpe contra o prefeito e um dos motivos foi o corte de 9 secretarias, 100 cargos que antes eram distribuídos entre os políticos e a redução de R$ 100 milhões em despesas com contratos de prestação de serviços e diferentes gastos.
– É claro que não faria só amigos – resumiu Paz, alertando para “interésses” que “permeiam a política”, e usando acentuação que fazia Leonel Brizola para denunciar coisas não republicanas.
Sobre o por que não investigar, o porta-voz de Miki é direto:
– Investigaram seis meses e fizeram um relatório sem prova alguma. Não foi rejeitado inquérito algum, o resultado que foi pífio.
– A CPI investigou tudo o que quis deste contrato por 120 dias. Tudo o que foi solicitado foi entregue. O que foi rejeitado foi um relatório inócuo e malicioso, que confunde metros quadrados com quilômetros lineares – conclui, se colocando à disposição para dar mais esclarecimentos a quem desejar.
Ao fim, o golpeachment frustrado e as CPIs ‘napoleão de hospício’, onde investigadores poderiam ser os investigados, já que ocuparam os dois lados do balcão, pode ter duas conseqüências para Cachoeirinha: prefeitos se encorajarão a enfrentar futuras chantagens; ou prefeitos cederão ao primeiro grito para evitar desgastes políticos.
Qual é a boa e a ruim para o contribuinte que, direta ou indiretamente, paga a conta, não tenho dúvidas. E ambas tem efeitos em um governo. É budista a observação de que o leão não tem medo, tampouco seus filhotes temem.